Em meio a um cenário econômico repleto de eventos significativos, os mercados financeiros se preparam para uma semana importante. A agenda inclui a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que fornecerá insights sobre a trajetória futura da taxa Selic, além de dados cruciais sobre os setores de serviços e comércio no Brasil. Esses indicadores serão fundamentais para avaliar o ritmo da atividade econômica e as pressões inflacionárias no país.
Simultaneamente, os mercados globais monitoram as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, que podem influenciar o apetite por risco dos investidores. Esse contexto de incertezas e expectativas moldará o comportamento dos principais ativos financeiros, como o Ibovespa, dólar futuro, Nasdaq, S&P 500 e Bitcoin, cujas análises técnicas serão abordadas a seguir.
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Análise técnica do Ibovespa
O Ibovespa mantém sua trajetória positiva em 2025, com viés altista tanto no curto quanto no médio prazo. Desde que encontrou fundo nos 118.222 pontos no início do ano, o índice tem mostrado força compradora, renovando inclusive sua máxima histórica na última semana, aos 137.634 pontos.
Na última semana, o Ibovespa encerrou mais uma vez no campo positivo — a quinta consecutiva — reforçando o otimismo dos investidores. Agora, o grande ponto de atenção para esta semana será justamente a superação do topo recente. Caso esse nível seja rompido, o índice pode acelerar rumo às regiões de 139.000 a 140.600 pontos e, posteriormente, entre 142.150 e 145.000 pontos.
Por outro lado, o movimento de alta já estendido pode abrir espaço para uma correção pontual. O sinal de alerta acende caso a mínima da semana passada em 132.870 pontos seja rompida. Se isso ocorrer, os suportes a serem observados estarão em 136.105 e 132.870 pontos, com regiões mais baixas em 128.720, 122.530 e até o fundo do ano, em 118.222 pontos.
No momento, o índice permanece acima das médias móveis, o que sustenta a tendência altista. Mas sigo atento a qualquer sinal de enfraquecimento do fluxo comprador.

Análise técnica do Dólar
Desde o fim de 2024, o dólar futuro vem operando em tendência de baixa, após ter marcado a resistência nos 6.517 pontos. Em 2025, o movimento de desvalorização se intensificou: já acumula queda de 10,71% no ano e 0,55% apenas neste mês de maio.
Após uma breve recuperação até os 6.161 pontos, o ativo voltou a ceder força, renovando a mínima do ano. Caso perca os 5.644,5 pontos, poderá buscar os próximos suportes em 5.625 e 5.527, com projeção mais longa entre 5.336 e 5.297 pontos.
Para reverter a tendência de baixa, o dólar precisaria vencer as médias de 9 e 21 períodos, situadas entre 5.724 e 5.802 pontos. Acima disso, a resistência de maior peso está na média de 200 períodos (5.932 pontos), cuja superação abriria espaço para buscar as faixas de 6.161 e, eventualmente, 6.300 a 6.435 pontos.

Confira a análise dos minicontratos:
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- Minidólar (WDOM25): Confira os pontos de suporte e resistência para esta segunda (12)
Análise técnica da Nasdaq
A Nasdaq entrou em movimento de baixa após ter marcado seu topo histórico em 22.222 pontos, no final de fevereiro. Desde então, caiu até os 16.542 pontos, onde encontrou força compradora e iniciou um movimento de recuperação no curto prazo. No mês de maio, o índice já sobe 2,51%, embora ainda acumule queda de 4,52% no ano.
Com a superação recente das médias móveis, o cenário de curto prazo começa a mostrar mais otimismo. Para que esse movimento ganhe continuidade, será necessário romper a máxima da última sessão em 20.200 pontos. Acima disso, as resistências imediatas estão em 20.290 e 21.070, com potencial para retestar os 22.222 pontos.
Caso o fluxo vendedor retorne e perca o suporte entre 19.600 e 19.150 pontos, o índice pode recuar até as zonas de suporte entre 17.590 e 17.000 pontos. Um rompimento mais amplo dessa região pode levar a Nasdaq de volta aos 16.540 ou até 15.760 pontos.

Análise técnica do S&P 500
O S&P 500 também iniciou 2025 em queda, depois de tocar o topo histórico nos 6.147 pontos no fim de fevereiro. O recuo levou o índice até 4.835 pontos, região que atraiu compradores e desencadeou uma recuperação nas últimas semanas. Em maio, o índice já sobe 1,63%, embora registre queda de 3,77% no acumulado do ano.
No gráfico diário, o ativo voltou a trabalhar acima das médias móveis, sinalizando retomada da força compradora. Para que a recuperação ganhe tração, será fundamental superar a máxima da última sessão nos 5.720 pontos. As próximas resistências estão em 5.786 e, depois, na região dos 6.009 a 6.147 pontos.
Se houver perda de força e o índice romper para baixo os suportes entre 5.580 e 5.500 pontos, a correção pode ganhar força e levar o ativo de volta às zonas de suporte em 5.300 / 5.100 e, em um cenário mais negativo, até 4.835 / 4.678 pontos.

Confira nossas análises:
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Análise do Bitcoin
O Bitcoin segue em tendência de alta no curto prazo, após ter sofrido forte correção desde o topo histórico registrado em janeiro de 2025, nos US$ 109.350. A mínima do ano foi alcançada no mês passado, em US$ 74.393, onde houve forte entrada de compradores.
Desde então, o ativo rompeu a linha de tendência de baixa, voltou a operar acima das médias móveis e superou recentemente a faixa simbólica dos US$ 100.000. Para seguir com o movimento ascendente, o Bitcoin precisa romper os US$ 104.775. Acima disso, os alvos passam por US$ 108.230 e, depois, US$ 109.350. Caso supere o topo histórico, os alvos projetados estão em US$ 110.500 e US$ 114.440.
Já no cenário de correção, atenção aos suportes em US$ 102.220 e US$ 98.000. Perdendo essas regiões, os próximos alvos estão entre US$ 92.950 e US$ 88.720. Um rompimento mais amplo pode levar o ativo até os US$ 81.000, o que configuraria um movimento de baixa mais forte.

IFR (14) – Ibovespa
O IFR (Índice de Força Relativa), é um dos indicadores mais populares da análise técnica. Medido de 0 a 100, costuma-se usar o período de 14. Leitura abaixo ou próxima de 30 indica sobrevenda e possíveis oportunidades de compra, enquanto acima ou próxima de 70 sugere sobrecompra e chance de correção. Além disso, o IFR permite a aplicação de técnicas como suportes, resistências, divergências e figuras gráficas. A partir disso, segue as cinco ações mais sobrecomprados e sobrevendidos do Ibovespa:

(Rodrigo Paz é analista técnico)
Guias de análise técnica:
- O que é uma linha de tendência na análise gráfica?
- O que são médias móveis e como usá-la para estratégia de Trade
- Bandas de Bollinger: como usar e interpretar?
Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o InfoMoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice.
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Fonte: InfoMoney