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Bradesco: resultado mostra que BBDC4 pode ir mais longe – e mercado eleva projeções

Bradesco: resultado mostra que BBDC4 pode ir mais longe – e mercado eleva projeções

A expectativa já era de um resultado apontando recuperação, mas o Bradesco (BBDC4) surpreendeu, fazendo as ações saltarem quase 16% na sessão da última quinta-feira (8), após o balanço do 1T25. O lucro de R$ 5,86 bilhões superando previsões do mercado, assim como o índice de rentabilidade ROAE de 14,4%, animaram o mercado sobre as perspectivas para os ativos.

Bancos como o Morgan Stanley, Bank of America e BB-BI elevaram suas projeções para as ações da instituição financeira, vendo que mais está por vir.

O Morgan Stanley, que já tinha recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à compra) para os ADRs (recibo de ações negociados nos EUA) BBD do Bradesco, elevou o preço-alvo de US$ 3,90 para US$ 4,10, um potencial de valorização de 52% em relação ao fechamento da véspera.

O banco americano elevou o lucro líquido projetado para 2025 em 6%, totalizando R$ 24,211 bilhões. A instituição também ajustou sua previsão para 2026, aumentando-a em 9%, para R$ 27,586 milhões. Com um crescimento de lucros estimado em 24% para 2025 e 14% para 2026, o banco espera que o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) alcance 14,5% em 2025 e 15,3% em 2026. Para os analistas, mesmo com a alta de quase 19% na quinta para os ADRs BBD, as ações do Bradesco ainda estão subavaliadas a 1,0 vez o preço sobre o P/VPA (Preço sobre Valor Patrimonial por Ação).

Já o Bank of America e o BB-BI, que possuíam visão neutra ou equivalente para os papéis BBDC4, elevaram a recomendação para compra.

Na visão do BofA, o lucro líquido reportado de cerca de R$ 5,9 bilhões reflete um crescimento robusto em empréstimos e uma margem líquida de juros (NIM) melhorada. O BofA elevou sua estimativa de lucro líquido para 2025 em 9%, agora projetando R$ 24,5 bilhões, e espera que o ROE atinja 15,4% até o final do ano.

O banco ressalta que o preço das ações teve um desempenho inferior ao de outros bancos de grande capitalização no acumulado do ano (+13% versus +22%).

Além disso, avalia: “Estamos animados com o fato de a margem com cliente estar crescendo a um ritmo melhor do que o esperado e os esforços de controle de custos estarem à frente do planejado”.

Para o BofA, a melhora da rentabilidade evidencia que o plano de reestruturação, introduzido há um ano, está tendo um impacto positivo (e estrutural) nas operações. O preço-alvo é de R$ 17 para BBDC4.

O BB-BI, por sua vez, manteve o preço-alvo em R$ 16,50 para o final de 2025, sem alterar o valuation por ora. Porém, alterou a recomendação para compra por enxergar o que acredita ser uma assimetria favorável para o Bradesco neste momento, valendo a pena dar o benefício da dúvida da qualidade de execução que vem sendo construída mesmo considerando os riscos que uma eventual desaceleração setorial deve trazer.

Para os analistas, o salto quantitativo do Bradesco neste trimestre marca uma virada mais contundente para o banco, muito parecida com a vista no 3T23 do Santander (SANB11).

O BB-BI aponta que o Bradesco não tomou conhecimento do contexto sazonalmente mais fraco tradicional dos primeiros trimestres no setor e apresentou um conjunto de avanços mais sólido do que esperava. “Dessa forma, e dado que os prognósticos para a indústria (e observando o próprio guidance do banco) sugerem desaceleração, o banco se coloca em uma atípica situação de ‘estar entrando na curva com o pé embaixo’, colocando os espectadores de pé na arquibancada diante do movimento cujo ímpeto há tempos não era visto”, afirma.

“Na balança, temos de um lado um conjunto de vetores que sugerem uma retomada mais visível da rentabilidade por meio de um mix mais favorável, carteira que se expande a um bom ritmo, conjunto de despesas core controlados, e o mais importante: indícios de que a reestruturação custosa que o Bradesco imprimiu ao longo dos últimos dois anos parece estar começando a render frutos”, reforça o BB-BI.

Por outro lado, pondera: “temos pela frente um cenário em que no curto prazo a seletividade deve ser a tônica setorial, e é provável que vejamos inclusive uma elevação da inadimplência. Ainda que nenhum banco sinalize nada próximo de uma possível crise, a palavra de ordem é cautela”.

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Fonte: InfoMoney

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