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Nos balanços de Bradesco e SulAmérica, uma boa notícia para a Hapvida

As ações da Hapvida (HAPV3) disparam nesta quinta-feira, 8, com alta de cerca de 13%, para R$ 2,55, impulsionadas pelos números divulgados por Bradesco Saúde e SulAmérica — um salto que ganhou mais força em dia de otimismo no Ibovespa.

Ambas as operadoras reportaram margens significativamente melhores do que o esperado, o que reacendeu as expectativas sobre o desempenho da Hapvida no primeiro trimestre de 2025.

De acordo com um relatório do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), o principal destaque nos balanços de Bradesco e SulAmérica foi a queda acentuada da sinistralidade — índice que mede a relação entre os custos com serviços médicos e a receita obtida com os planos de saúde.

No caso da Bradesco Saúde, a sinistralidade caiu para 80,5% no primeiro trimestre, o menor nível já registrado pela companhia, uma redução de 9,2 pontos percentuais em comparação anual e de 4,7 pontos frente ao trimestre anterior.

Já a SulAmérica, embora tenha apresentado uma sinistralidade ligeiramente mais baixa, de 78,6%, também surpreendeu positivamente ao vir abaixo da expectativa do próprio BTG, que era de 81,5%.

O banco interpretou o movimento como um sinal de que o setor pode estar atravessando um trimestre de menor frequência de utilização dos planos, o que abre espaço para uma revisão positiva nas projeções para a Hapvida.

Antes da divulgação dos dados do setor, a expectativa do BTG era de uma elevação da sinistralidade da Hapvida no trimestre, com um avanço de 90 pontos-base em relação ao mesmo período do ano anterior e de 100 pontos-base na comparação com o quarto trimestre de 2024, chegando a 68,9%. No entanto, o bom desempenho das rivais pode indicar que o cenário está mais favorável do que se previa.

“Os dados de Bradesco e SulAmérica sugerem que há possibilidade de upside para nossas estimativas de Ebitda da Hapvida, que estão abaixo do consenso”, afirmam os analistas Samuel Alves e Yan Cesquim. Eles destacam que a melhora das margens, caso se repita na Hapvida, pode surpreender positivamente o mercado.

Apesar do otimismo, o BTG alerta que a ação continua sensível a eventuais notícias negativas relacionadas a provisões judiciais, uma preocupação recorrente dos investidores. “O primeiro trimestre deve ser misto nesse sentido, já que a sinistralidade pode ser afetada por acordos de litígios”, diz o relatório.

Ainda assim, o banco manteve sua recomendação de compra para a Hapvida, observando que a empresa pode se beneficiar de uma reprecificação positiva caso confirme margens mais robustas em seu balanço.

No setor, a preferência do BTG continua sendo pela Rede D’Or, considerada uma tese de crescimento mais estável e com valuation ainda atrativo.

 

Fonte: Exame

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