Painel de cotações da B3, em São Paulo
Painel de cotações da B3, em São Paulo 19/10/2021 REUTERS/Amanda Perobelli/Arquivo
" data-medium-file="https://i2.wp.com/www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2024/08/Captura-de-tela-2024-08-15-092239.png?fit=300%2C200&quality=70&strip=all&ssl=1" data-large-file="https://www.infomoney.com.br/wp-content/uploads/2024/08/Captura-de-tela-2024-08-15-092239.png?fit=1095%2C730&quality=70&strip=all">Após a aguardada “Super Quarta”, os mercados globais enfrentam um cenário de incerteza. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve decidiu manter a taxa de juros no intervalo entre 4,25% e 4,50%, enquanto o Banco Central do Brasil elevou a Selic para 14,75% ao ano. Apesar de amplamente esperadas, essas decisões não trouxeram sinalizações claras sobre os próximos passos das autoridades monetárias, o que contribui para a cautela dos investidores. Analistas preveem ajustes na Bolsa e no câmbio, com pressão sobre o real, especialmente devido à ausência de indicações sobre o fim do ciclo de alta de juros.
Diante desse contexto, é fundamental realizar uma análise técnica do Ibovespa para identificar tendências e oportunidades de investimento. A seguir, exploraremos os principais indicadores técnicos e pontos de suporte e resistência que podem influenciar o comportamento do principal índice da Bolsa brasileira no curto e médio prazo.
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Para entender até onde o preço do Ibovespa podem ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica do Ibovespa
No gráfico diário, a tendência de alta permanece válida desde que o Ibovespa atingiu a mínima do ano em 118.222 pontos, formando uma sequência de topos e fundos ascendentes. Contudo, após alcançar a máxima de 2025 em 136.149 pontos, iniciou-se uma correção no curtíssimo prazo, cuja intensidade ainda precisa ser acompanhada de perto.
Caso o índice perca a mínima da última sessão, nos 132.870 pontos, o movimento corretivo pode se aprofundar até a região das médias de 21 e 200 períodos, localizadas entre 130.855 e 128.640 pontos. A perda dessas médias pode acionar novas ondas de venda, com alvos mais longos novamente em 122.530 pontos e na própria mínima do ano em 118.222 pontos.
Para reverter a atual correção e retomar o movimento de alta, o índice precisa romper a máxima da última sessão em 134.110 pontos. Com isso, terá espaço para testar novamente os 136.149 pontos e, em seguida, a importante resistência histórica nos 137.469 pontos. A superação dessa faixa poderá renovar o apetite comprador, projetando alvos nas regiões de 138.500 a 140.000 pontos, com possibilidade de alcançar 142.000 pontos no cenário mais otimista.
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Análise de médio prazo
Ao observar o gráfico semanal, percebo que o Ibovespa ainda se movimenta de forma lateral no médio prazo. A zona de suporte principal está entre os 118.685 e 118.222 pontos, enquanto a resistência segue marcada entre os 136.149 e 137.469 pontos — este último, inclusive, representa o topo histórico do índice.
O atual movimento de correção é resultado direto da forte alta recente e tem como objetivo se aproximar das médias móveis, que ficaram distantes. Caso a pressão vendedora persista, um ponto de atenção imediato está na mínima da semana em 132.870 pontos. A perda desse patamar pode levar o índice até a região das médias de 9 e 21 períodos, localizadas entre 131.150 e 126.645 pontos.
Caso o fluxo vendedor se intensifique ainda mais, os alvos de baixa se projetam para a faixa de 122.530 pontos, depois para a mínima do ano nos 118.222 pontos, e, em um cenário mais estendido, para a média de 200 períodos em 117.700 pontos.
Por outro lado, para que o Ibovespa volte a sinalizar força compradora no médio prazo, será necessário retomar o patamar dos 136.149 pontos. A superação dessa faixa poderá abrir espaço para testar o topo histórico em 137.469 pontos. Caso o rompimento se concretize, o índice poderá ganhar tração compradora com alvos projetados entre 138.470 e 140.420 pontos, e, posteriormente, alcançar regiões mais ambiciosas como 144.560 e 146.400 pontos.
Suportes e resistências do Ibovespa
Suportes:
- 132.870 pontos – mínima da última sessão
- 130.855 a 128.640 pontos – região das médias de 21 e 200 períodos
- 126.645 a 131.150 pontos – faixa das médias móveis mais curtas
- 122.530 pontos – suporte intermediário relevante
- 118.685 a 118.222 pontos – suporte consolidado e mínima do ano
- 117.700 pontos – média de 200 períodos no gráfico semanal
Resistências:
- 134.110 pontos – máxima da última sessão
- 136.149 pontos – máxima de 2025
- 137.469 pontos – topo histórico
- 138.470 a 140.420 pontos – região de resistência projetada
- 144.560 a 146.400 pontos – alvos de resistência mais longos
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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Fonte: InfoMoney