Os preços do ouro fecharam em queda nesta quarta-feira (7), após duas sessões de alta, com o anúncio de que China e Estados Unidos devem retomar negociações tarifárias, o que reduziu a demanda por ativos de proteção.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do ouro para entrega em junho caiu 0,90%, encerrando a US$ 3.391,0 por onça-troy.
Segundo David Morrison, da Trade Nation, uma correção, ou ao menos um período de consolidação, é razoável, dado o tamanho dos avanços registrados na segunda e na terça-feira. “A retração está ligada à notícia dos EUA e China. Os traders veem um possível abrandamento nas posturas mais duras, o que é motivo para reduzir posições defensivas e aumentar a exposição ao risco”, avalia.
Apesar das perdas desta quarta-feira, o ouro ainda acumula alta de mais de 2% na semana, refletindo a incerteza persistente em torno da política comercial dos EUA e as crescentes tensões geopolíticas no Leste Europeu, no Oriente Médio e entre Índia e Paquistão.
Agora, as atenções do mercado se voltam para a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Embora seja improvável um corte de juros, os comentários do banco central serão analisados em busca de sinais sobre uma possível flexibilização futura da política monetária.
No cenário global, o banco central chinês informou que as reservas internacionais tiveram alta de US$ 41 bilhões em abril, para US$ 3,2 trilhões, abaixo da expectativa do mercado.
O levantamento divulgado pelo Banco do Povo da China (PBoC, em inglês) também mostrou que a autoridade monetária ampliou suas reservas de ouro pelo sexto mês seguido em abril.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Ouro fecha em queda após dois dias de alta com alívio nas tensões EUA-China no site CNN Brasil.
Fonte: CNN Brasil