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Comissão do Senado convida novo ministro da Previdência para falar sobre crise do INSS

A Comissão de Transparência do Senado aprovou nesta terça-feira um convite para o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, falar sobre a crise no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Wolney assumiu o cargo há quatro dias.

“Diante da dimensão social, financeira e institucional dessas fraudes, a presença do atual Ministro da Previdência Social é essencial para garantir a transparência dos atos do Poder Executivo e assegurar que essa Casa Legislativa exerça plenamente sua função de fiscalização em defesa dos direitos dos aposentados, pensionistas e contribuintes brasileiros”, diz o requerimento, de autoria do senador Sergio Moro (União-PR).

Crise envolvendo descontos indevidos no INSS

O Ministério da Previdência está no centro de uma crise envolvendo descontos indevidos em aposentadorias no INSS. O escândalo tem desgastado o governo nos últimos e há no Congresso uma pressão para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.

Por conta do caso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu tirar Carlos Lupi do comando da pasta e substituí-lo por Wolney, que até então exercia o cargo de secretário-executivo.

Operação “Sem Desconto” e os desvios investigados

A operação “Sem Desconto”, da Polícia Federal, apurou descontos irregulares feitos por associações que possuem convênios com o INSS. Segundo as investigações, esses grupos podem ter desviado mais de R$ 6 bilhões nos últimos anos.

Em entrevista ao GLOBO, Lupi admitiu que sabia o que estava acontecendo em relação aos aumentos dos descontos de aposentadorias para repasses a associações e que demorou para tomar previdências. Disse, porém, que não se sente desconfortável em permanecer no governo.

A operação, que envolveu centenas de policiais e auditores, foi autorizada pela Justiça do Distrito Federal para combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. As investigações apontam que a soma dos valores descontados chega a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024, mas ainda será apurado qual porcentagem foi feita de forma ilegal.

Fonte: Exame

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