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“Altseason”: teremos uma disparada das criptomoedas?

A esperança de uma altcoin season reacende entre os investidores com a recente arrancada do bitcoin para patamares próximos aos US$ 97 mil.

Na última semana, uma série de altcoins se destacou com performances superiores ao bitcoin, possivelmente desencadeadas — como apontou uma análise da plataforma Santiment — pela redistribuição de lucros com os ganhos do bitcoin.

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Menções a “altseason” e “altcoins” online cresceram, e as discussões em torno de moedas meme na internet também atingiram o maior nível de 2025, de acordo com a plataforma de inteligência de dados.

O índice TOTAL2, que mede o valor de mercado total das criptomoedas excluindo bitcoin e stablecoins principais, surpreendeu com um salto de quase 25% desde as mínimas do ano. Só na última semana, o crescimento foi de cerca de 10%, enquanto o bitcoin subiu só 7%.

A tendência demonstra que existe um influxo de capital em criptos de menor capitalização e maior volatilidade.

Nessa trilha, o valor total de mercado das criptomoedas (excluindo bitcoin) voltou a ultrapassar a marca de US$ 1,05 trilhão (gráfico abaixo do Trading View).

“Altseason”: teremos uma disparada das criptomoedas?

Além disso, o Índice Medo e Ganância do mercado cripto retornou à zona de “Ganância” após semanas de incertezas macroeconômicas, alimentadas por questões como os juros americanos e a política comercial de Trump. Essa mudança reforça que os traders estão mais propensos a assumir riscos, o que pode sinalizar uma possível retomada altista.

4 de maio de 2025 - 20:41

Como agir nessa hora?

É importante que os investidores monitorem diferentes dados on-chain, siga os movimentos das baleias e acompanhem a evolução do sentimento do varejo para entender melhor o cenário.

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Fique de olho também em três aspectos-chave:

Queda da dominância

Historicamente, uma altseason começa quando a dominância do bitcoin (BTC.D) atinge um pico e começa a cair, liberando capital para altcoins.

Vale notar, no entanto, que a dominância do bitcoin segue alta (acima de 64%) e, neste ciclo, diferentemente dos ciclos de 2017 e 2021, a queda pode ser mais lenta e menos linear, principalmente por conta do aumento astronômico do número de tokens e da marcha cada vez maior das stablecoins como principal fonte de liquidez.
Em 2017, a dominância caiu de 85 % para 35 %, e em 2021, de 70% para 40 %.

Vale acompanhar o gráfico da dominância (BTC.D).

Fragmentação de narrativas e excesso de tokens

Em 2025, o mercado já conta com mais de 14 milhões de criptomoedas listadas, contra 20 mil em 2021.
Isso força uma diluição da liquidez disponível para projetos de qualidade, já que grande parte está concentrada em criptos como memecoins, por exemplo — e o cenário se transforma em uma teia de temáticas concorrentes.

​​Consequências:

Ralis curtos e localizados: altcoins levam semanas para subir, mas as correções podem ser quase instantâneas.
Dificuldade de identificação de tendências: Sem uma narrativa unificada (como o “DeFi Summer”, de 2020, por exemplo), os investidores tendem a pular entre setores.

O papel dos ETFs e das instituições

Diferentemente de ciclos anteriores, gigantes como BlackRock e Fidelity estão pressionando por ETFs de altcoins.

Segundo analistas da Bloomberg, as chances atuais de aprovação superam 75% para uma série de ETFs de altcoins, propostas que estão na mesa da SEC com prazos de análise entre julho e dezembro.

Atualmente, são 8 as principais propostas de ETF à espera de uma decisão, incluindo produtos vinculados a Cardano (ADA), Solana (SOL), Dogecoin (DOGE), Polkadot (DOT), Avalanche (AVAX) e Litecoin (LTC). Alguns registros menores também correm por fora, como a SUI, que ainda não está em revisão oficialmente.

Isso cria uma dinâmica inédita: enquanto o varejo especula com memecoins, instituições acumulam ativos com utilidades reais.

Narrativas-chave para apostar neste ciclo

Antes de passarmos aos detalhes, o que exatamente são narrativas?

São histórias e temas que atraem investidores a determinados segmentos da criptoesfera, funcionando como catalisadores de demanda.

A seguir, vamos ver as narrativas tecnológicas que têm tudo para se destacar.

Antes, não podemos nos esquecer de que, este ano, as narrativas políticas e econômicas vêm desempenhando alto impacto no mercado — como as tarifas de Trump, as reservas de bitcoin, as incertezas em torno das taxas de juros e questões geopolíticas.

Inteligência Artificial (IA) e Agentes

Projetos que unem IA à blockchain estão no centro do palco. Eles oferecem automação de tarefas por meio de agentes inteligentes — como trading automatizado, criação de pools de liquidez, gestão de portfólio, e análises e tendências.

Segundo a VanEck, mais de 1 milhão de AI agents podem chegar ao mercado ainda este ano, muitos atrelados a aplicações DeFi, o que confere alto potencial de valorização. Existem plataformas que já permitem a qualquer pessoa criar agentes de IA on chain, impulsionando uma nova onda de aplicativos descentralizados.

Tokenização de Ativos Reais (RWA)

A tokenização de RWA é a ponte que une o mundo tradicional ao cripto, transformando ativos físicos, como imóveis, títulos de dívida e commodities, em tokens digitais que podem ser negociados em blockchains.

A inovação democratiza o acesso a investimentos antes restritos a grandes instituições, porque combina a liquidez do mercado cripto com a estabilidade de ativos reais.

Projetos como Ondo Finance (ONDO), que tokeniza títulos do Tesouro Americano, e Centrifuge (CFG), focado em empréstimos lastreados em créditos empresariais, são alguns exemplos.

Além dos ativos tokenizados em si, infraestruturas como oráculos de dados (como a Chainlink) e stablecoins fazem parte do mecanismo que viabiliza essa integração, garantindo segurança e rastreabilidade.
O CoinMarketCap estima que o mercado de tokens vinculados a RWA vale US$ 54.82 bilhões atualmente.
DePIN (Infraestruturas Físicas Descentralizadas)
DePIN, sigla para Decentralized Physical Infrastructure Networks (Redes Descentralizadas de Infraestrutura Física), é uma das narrativas mais inovadoras do ecossistema cripto.

São projetos que usam blockchain e tokens para criar redes físicas colaborativas, como sistemas de energia, telecomunicações, armazenamento de dados ou até GPS, nas quais usuários comuns podem contribuir com recursos — como hardware, espaço em disco ou conexão de internet — e são recompensados em criptomoedas.

A ideia é substituir modelos centralizados (como os de grandes corporações) por estruturas abertas, mais baratas e eficientes tendo a comunidade como dona e operadora da infraestrutura.

Entre os principais projetos do setor estão o Helium (HNT), que conecta dispositivos IoT (Internet das Coisas) em uma rede global de hotspots, e Akash Network (AKT), plataforma de computação em nuvem descentralizada que concorre com AWS e Google Cloud.

Finanças Descentralizadas (DeFi)

DeFi continua sendo pilar essencial dessa democratização financeira, facilitando empréstimos, trades e rendimentos sem intermediários.

A narrativa já está consolidada, mas vem evoluindo com melhorias em escalabilidade e na experiência do usuário, além da integração com AI agents e RWA, criando produtos híbridos e soluções mais robustas.

Em um ciclo tão atípico como o de 2025, reconhecer os sinais de mudança, desde a dominância do bitcoin até o avanço das narrativas, pode ser a diferença entre lucros consistentes e perdas indesejadas. Não deixe de fazer o dever de casa, estude e se prepare para quando o momento chegar.

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