Em 29 de abril de 2025, o dólar comercial registrou sua oitava sessão consecutiva de queda, encerrando o dia cotado a R$ 5,631 na venda, com recuo de 0,31%. Esse movimento reflete a valorização dos ativos brasileiros e a expectativa dos investidores em relação à divulgação de novos dados econômicos nos Estados Unidos. No cenário internacional, o relatório JOLTs indicou uma queda nas vagas de emprego em aberto nos EUA em março, sugerindo uma possível desaceleração na demanda por mão de obra, embora o mercado de trabalho permaneça sólido. No âmbito doméstico, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, reafirmou a visão do Comitê de Política Monetária (Copom) de março, indicando que a taxa básica Selic, atualmente em 14,25% ao ano, poderá sofrer aumentos de menor magnitude nas próximas reuniões, diante de uma dinâmica de inflação desafiadora .
Para os traders que operam o minidólar, o cenário atual apresenta oportunidades, mas também exige cautela. A sequência de quedas da moeda americana frente ao real indica uma tendência de valorização da moeda brasileira, mas a proximidade da divulgação de indicadores econômicos relevantes nos Estados Unidos, como o PIB do primeiro trimestre e o relatório de empregos (payroll), pode trazer volatilidade ao mercado cambial. Além disso, as expectativas em torno da política monetária do Federal Reserve e as decisões do Banco Central brasileiro em relação à Selic devem ser monitoradas de perto, pois podem influenciar diretamente o comportamento do dólar nos próximos pregões.
Os contratos de minidólar (WDOK25), com vencimento em maio, encerraram a última sessão com queda de 0,73%, cotados a 5.615,5 pontos, e renovaram a mínima do ano.
Nesta quarta-feira (30) ocorre o vencimentos dos contratos com ticker WDOK25, a partir de agora serão negociados os contratos com vencimento em junho, com ticker WDOM25.
Análise do gráfico de 15 minutos
No gráfico de 15 minutos, o minidólar registrou a segunda queda consecutiva, voltando a negociar abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que reforça a fraqueza do curto prazo. O movimento sugere que, para tentar qualquer reação, será indispensável romper com volume a resistência dos 5.625/5.631 pontos. Caso supere essa faixa, os próximos alvos serão as resistências em 5.641/5.661 pontos e depois 5.669/5.680 pontos.
Do lado oposto, se o ativo romper a zona de suporte em 5.614/5.600 pontos, deve acelerar o fluxo vendedor rumo aos seguintes níveis em 5.584/5.560 pontos. Um movimento mais amplo de baixa pode mirar 5.542/5.512 pontos.
Pelo gráfico diário, a sessão de terça-feira foi marcada pela formação da mínima do ano em 5.614 pontos, o que indica força do movimento descendente. O ativo segue abaixo das médias móveis e distante delas.
Para dar sequência ao fluxo vendedor, será necessário romper com volume a mínima da última sessão em 5.614 pontos, mirando alvo inicial entre 5.584 e 5.488 pontos. Já uma possível reação compradora só deve ganhar tração se o ativo superar a faixa de 5.664/5.712 pontos, com alvo mais ambicioso em 5.793 pontos. O IFR (14) recuou para 35,50, zona ainda neutra, mas próxima da região de sobrevenda, o que pode indicar possível repique se houver reação técnica.

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Dólar futuro (WDOK25): Gráfico de 60 minutos
No gráfico de 60 minutos, o cenário continua apontando fraqueza. O minidólar manteve o fechamento negativo e segue abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que reforça o controle dos vendedores no curto prazo.
A perda da região de suporte em 5.614/5.600 pontos pode intensificar ainda mais o movimento de baixa, com próximos suportes em 5.584/5.560 pontos e 5.512/5.488 pontos.
Para tentar uma reversão, o ativo precisa recuperar força e superar a resistência em 5.632/5.652 pontos. Caso consiga esse rompimento, poderá mirar resistências em 5.669/5.702,5 pontos e, com maior força compradora, buscar 5.712 e 5.741 pontos como alvos mais distantes.

(Rodrigo Paz é analista técnico)
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