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Resultado primário, trabalho no Brasil, balanços de Santander e WEG e mais desta 4ª

Resultado primário, trabalho no Brasil, balanços de Santander e WEG e mais desta 4ª

Indicadores fiscais, de trabalho e inflação estão no radar dos investidores nesta quarta-feira (30), com divulgações tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Pela manhã, o governo brasileiro divulga o resultado primário de março, enquanto o IBGE apresenta os dados da taxa de desemprego do mesmo mês. Também serão conhecidos os números de juros e spread bancário. À tarde, saem os dados da dívida pública, do fluxo cambial semanal e do Caged, que mede a criação de empregos formais.

Agora pela manhã, antes da abertura dos mercados, o Santander Brasil (SANB11) e a WEG (WEGE3) divulgam seus resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano (1T25).

Nos EUA, a agenda traz o relatório de emprego privado (ADP) de abril, acompanhado de perto como uma prévia do payroll. Logo depois, será conhecida a primeira leitura do PIB do primeiro trimestre. Já o índice de preços de gastos com consumo (PCE), principal métrica de inflação acompanhada pelo Federal Reserve, será publicado às 11h, junto com os dados de moradias pendentes. Os estoques semanais de petróleo serão divulgados pela AIE às 11h30.

O que vai mexer com o mercado nesta quarta

Agenda

Na manhã do dia 30 de abril, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dará início à sua agenda no Palácio do Planalto com uma reunião às 09h00 com o Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e o Secretário de Imprensa, Laércio Portela. Em seguida, às 11h00, a Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, se reunirá com o presidente para abordar temas relacionados à eficiência e inovação nos serviços públicos.

À tarde, a agenda prossegue com um encontro às 14h40 com o Secretário Especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza, seguido por uma reunião às 15h00 com a Ministra da Casa Civil substituta, Miriam Belchior. A partir das 15h30, o presidente se encontra com o Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência, Marco Aurélio Marcola.. Para encerrar o dia, às 16h30, o Assessor-Chefe da Assessoria Especial da Presidência, Embaixador Celso Amorim, se reunirá com Lula.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reunirá com Gilles Roth, Ministro das Finanças do Grão-Ducado de Luxemburgo, às 9h30.

Na manhã do dia 30 de abril, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participará do LIFT Day 2025, evento promovido pelo próprio Banco Central em parceria com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do BC (Fenasbac). A atividade ocorrerá das 09h15 às 09h30 no Edifício-Sede do Banco Central, em Brasília, e será aberta à imprensa.

Na parte da tarde, das 13h30 às 14h30, Galípolo se reunirá com um grupo de parlamentares, incluindo a Deputada Federal Sâmia Bomfim (PSOL/SP), a Deputada Federal Fernanda Melchionna (PSOL/RS), e os Deputados Distritais Dayse Amarilio (PSB), Fábio Felix (PSOL) e Max Maciel (PSOL).

Brasil

08h30 Resultado primário (março)

9h Juros/spread (março)

9h Taxa de desemprego (março)

14h30 Dívida pública (março)

14h30 Fluxo cambial (semanal)

14h30 Caged (março)

EUA

09h15 – Emprego privado (ADP) (abril)

09h30 – PIB (1º tri)

11h – Índice PCE (março)

11h – Moradias pendentes (março)

11h30 – Estoques de petróleo (AIE) (semanal)

Zona do Euro

6h – PIB (1º tri)

INTERNACIONAL

Mistério

O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmou que o governo Trump fechou seu primeiro acordo comercial, ainda pendente de aprovação pelo premiê e parlamento. O país que fez negócio, no entanto, é um mistério. A notícia impulsionou os mercados, refletindo otimismo com o avanço das negociações. Lutnick reforçou que não trata com a China cuja interlocução é do secretário do Tesouro. Embora dezenas de países tenham demonstrado interesse, nenhum acordo oficial foi fechado. Japão, Coreia do Sul e Índia são cotados.

100 dias – pior desempenho

Os primeiros 100 dias do novo mandato de Donald Trump registraram o pior desempenho dos mercados americanos desde 1974. O S&P 500 acumula queda de 7,6%, pressionado por tarifas agressivas e instabilidade nas políticas econômicas. A política comercial de Trump gerou temores sobre inflação e recessão, afetando especialmente ações de tecnologia. O dólar caiu 9%, e os títulos do Tesouro sofreram liquidações. Estimativas apontam venda de US$ 60 bilhões em ações por estrangeiros desde março. Apesar da saída de capitais, analistas divergem sobre a gravidade. O governo tenta reforçar confiança com anúncios de investimentos bilionários.

100 dias – déficit comercial

Nos primeiros 100 dias do novo mandato de Donald Trump, os EUA registraram o maior déficit comercial de bens da história, atingindo US$ 162 bilhões em março. Empresas correram para importar antes das novas tarifas, impulsionando as importações a um recorde de US$ 342,7 bilhões. As exportações cresceram apenas US$ 2,2 bilhões, para US$ 180,8 bilhões. A balança comercial negativa pode ter subtraído até 1,9 ponto percentual do PIB. A previsão é de crescimento de apenas 0,3% no trimestre. Estoques atacadistas aumentaram, mas os do varejo caíram. A incerteza tarifária afetou o planejamento e freou a atividade econômica.

Intimidação econômica

Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, a China divulgou um vídeo nas redes sociais acusando os EUA de “intimidação econômica” e convocando a comunidade internacional a resistir ao que chamou de um líder “valentão”. Com tom dramático, a peça afirma que “ajoelhar-se apenas convida mais intimidação” e que “a China não se ajoelhará”. O país se apresenta como um defensor do livre comércio, contrastando com o histórico americano de sanções que teriam levado empresas como Toshiba e Alstom à ruína.

Transfobia institucional

A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) acionou a ONU e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) contra os EUA, após o governo americano emitir um visto identificando-a pelo gênero masculino. Hilton acusa transfobia institucional e pede que o documento seja corrigido. Ela também solicita a suspensão de uma normativa de Trump que reconhece apenas os gêneros feminino e masculino. A deputada, que cancelou uma viagem aos EUA, considera a situação como uma violação de sua identidade e direitos. O presidente Lula também criticou o ocorrido, chamando a atitude de “abominável”.

ECONOMIA

Sem desconforto

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que não há desconforto com a meta de inflação de 3%, com tolerância até 4,5%. Apesar da previsão do Boletim Focus apontar inflação de 5,5% em 2025, Galípolo disse que a meta brasileira está alinhada com a de outros emergentes. Ele destacou três pontos: a inflação atual exige cautela, os efeitos do aperto monetário ainda serão sentidos, e há incerteza global. Galípolo comentou ainda que o impacto das tarifas dos EUA será mais sentido por países desenvolvidos. Nos emergentes, como o Brasil, a reação das moedas tem surpreendido e ainda há dúvidas sobre os efeitos duradouros da guerra tarifária.

Investidores otimistas

Pesquisa do Itaú BBA com 120 investidores entre 23 e 28 de abril mostrou otimismo crescente com os ativos brasileiros. O Ibovespa acumula alta de 12% em 2025 e superou os 135 mil pontos. O sentimento sobre ações brasileiras subiu para 6,89 (em escala de 0 a 10). Investidores veem o Brasil como vencedor relativo no cenário de tarifas. A maioria espera queda nos juros de longo prazo, com mudanças macroeconômicas mais prováveis só no 2º semestre de 2025. Utilities, bancos e construtoras lideram a preferência; commodities seguem com menor exposição. A curva de juros e o cenário fiscal são os maiores fatores de influência. Já ações dos EUA receberam avaliação mais negativa (5,04). Mais da metade pretende aumentar exposição ao Brasil. As favoritas são: Itaú, Sabesp, Equatorial, Localiza e Eletrobras.

Brasileiros que investem

A proporção de brasileiros que investem se manteve em 37% em 2024, segundo pesquisa da Anbima com o Datafolha, o que representa cerca de 59 milhões de pessoas. Apesar disso, outros 32 milhões economizam, mas ainda não aplicam seu dinheiro em produtos financeiros. Pela primeira vez, um terço da população (33%) conseguiu economizar, alta de três pontos percentuais frente a 2023 — o que equivale a 5 milhões de pessoas a mais.

Bets

Em 2024, 23 milhões de brasileiros acima de 16 anos fizeram apostas nas chamadas bets, segundo pesquisa da Anbima com o Datafolha. O número representa 15% da população e cresceu em relação a 2023 (14%). Quase metade dos apostadores (47%) está endividada e 16% enxergam as bets como investimento. A maioria é homem e jovem, sendo 25% da geração Z. A média de gasto mensal é de R$ 216 entre os mais frequentes. Cerca de 10% dos apostadores apresentam tendência ao vício. E 52% afirmam tentar recuperar perdas apostando novamente.

Superávit

O governo central registrou superávit primário de R$ 1,096 bilhão em março, revertendo o déficit de 2024. O resultado, abaixo da projeção de R$ 1,323 bilhão, foi puxado por alta na receita líquida e leve queda nas despesas. As receitas da Receita Federal subiram 5,6%, com destaque para o Imposto de Importação. Já receitas não administradas caíram 12,5%. As despesas discricionárias dos ministérios recuaram. No ano, o superávit soma R$ 54,5 bilhões.

Reclamações

As reclamações à Ouvidoria do INSS dispararam com a explosão de fraudes em descontos indevidos em aposentadorias. Em 2023, foram 220 mil queixas, alta de 1.190% em relação a 2020, segundo dados copilados pelo Poder 360. Conforme a CGU, 97,6% dos aposentados com descontos associativos não autorizaram a cobrança. Entre 2022 e 2024, os valores descontados saltaram de R$ 706 milhões para R$ 2,8 bilhões. Um relatório interno do INSS indica que mais de 600 mil queixas tinham indícios de irregularidade. O ministro Carlos Lupi foi alertado em 2023, mas só agiu 10 meses depois. Organizações suspeitas participaram de ao menos 15 reuniões com o governo.

POLÍTICA

Doa a quem doer

O ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirmou na terça-feira (29) que os responsáveis pelas fraudes envolvendo descontos indevidos em aposentadorias e pensões devem ser presos, “doa a quem doer”. A declaração foi feita em meio à crise no INSS, alvo de investigações por desvios que podem ter chegado a R$ 2 bilhões. Lupi disse estar “traído” por pessoas próximas e reiterou que sua gestão solicitou as apurações. Auditoria identificou 1,9 milhão de pedidos para cancelar descontos suspeitos. O caso agrava a fila por benefícios.

Impeachment

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) pediu o impeachment de Lupi à PGR, alegando omissão no caso envolvendo desvios no INSS. O ministro nega envolvimento direto e promete punição aos culpados.

Suspenção

O governo federal suspendeu todos os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com entidades responsáveis pelos descontos associativos na folha de pagamento de aposentados e pensionistas do INSS, em resposta às fraudes bilionárias envolvendo o desvio de recursos públicos. A decisão, assinada pela diretora substituta do INSS, Débora Floriano, inclui uma auditoria completa sobre a legalidade e conformidade dos ACTs.

Bate-boca e ofensas

A sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados na terça-feira (29) foi marcada por confusão entre os deputados Lindbergh Farias (PT) e Gilvan da Federal (PL-ES), que trocaram ofensas e precisaram ser contidos por colegas. O tumulto começou após Gilvan criticar duramente o governo Lula, chamando o presidente de “descondenado” e acusando a gestão de corrupção.

Lindbergh reagiu, citando o regimento da Casa e dizendo que o colega havia pedido a morte do presidente. Gilvan, que já havia se desculpado por essa fala feita no início do mês, se exaltou e partiu em direção a Lindbergh. O presidente da comissão, Paulo Bilynskyj (PL-SP), acionou os policiais legislativos para conter os ânimos. A sessão foi retomada após intervenção dos colegas.

Desistência

O governo Lula desistiu de pagar vale-refeição (VR) e vale-alimentação (VA) via Pix. A proposta fazia parte da reformulação do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), mas enfrentou resistência do setor de benefícios e do ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Em vez disso, o governo deve anunciar um novo modelo no Dia do Trabalhador (1º de maio), com foco na redução do tempo de repasse aos lojistas, de 30 para 2 dias, e na padronização das taxas cobradas pelas operadoras. O Ministério do Trabalho propõe um teto entre 3% e 4% para o MDR. Hoje, as taxas chegam a ultrapassar 5%. O setor critica mudanças que reduzam a intermediação. Já a equipe econômica quer maior regulação e transparência.

Testemunhas

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou ao STF a lista de testemunhas para o processo sobre a tentativa de golpe de Estado. Entre os indicados estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ex-ministros do governo Bolsonaro e ex-comandantes das Forças Armadas. Bolsonaro também incluiu o ex-diretor de tecnologia do TSE, Giuseppe Janino. Em março, Bolsonaro e aliados tornaram-se réus por crimes como organização criminosa e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Corporativo

Marcopolo (POMO4)

A Marcopolo (POMO4) reportou lucro líquido de R$ 243,1 milhões no primeiro trimestre de 2025, uma queda de 23,3% em relação ao ano anterior, apesar da receita manter estabilidade. O Ebitda da empresa foi de R$ 262 milhões, uma redução de quase 17% em comparação anual. A empresa explicou que o desempenho foi impactado por fatores como o mix de vendas no mercado doméstico, sazonalidade e férias coletivas, além da menor alavancagem operacional.

(Com Reuters e Estadão)

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