O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse, nesta terça-feira (29), que a camisa dois da Seleção Brasileira de Futebol precisa continuar sendo a azul. A fala ocorre após a polêmica de uma possível troca do uniforme por um vermelho, para a Copa do Mundo de 2026.
“Eu respeito quem gosta de qualquer cor, não tenho preconceito com nenhuma. Mas camisa número 2 da Seleção Brasileira, pra mim, continua sendo essa daí”, escreveu Hugo nas redes sociais.
De acordo com o site especializado em camisas Footy Headlines, a Seleção Brasileira terá uma nova cor de camisa para participar da Copa no ano que vem.
As cores não devem ser as mesmas da bandeira do Brasil (verde, amarela, branca e azul), e a previsão é de que a camisa seja lançada em março de 2026.
Segundo o estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Seleção Brasileira só poderá usar uniformes com as cores existentes na bandeira da entidade, com exceção apenas para eventos comemorativos.
Na segunda-feira (28), alguns bolsonaristas, conhecidos por utilizarem as tradicionais camisas verde e amarela para demonstrar o nacionalismo, criticaram a possível mudança, visto que o vermelho é visto como um símbolo do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nas redes sociais, o senador e filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), afirmou que o uniforme “sempre foi um símbolo da nossa identidade nacional” e que a bandeira do país “não é vermelha, e nunca será”.
Quero acreditar que isso não é verdade!
A camisa da Seleção sempre foi um símbolo da nossa identidade nacional, do nosso orgulho e das nossas raízes. Sempre foi verde e amarela, as cores da nossa pátria.
Mudar isso não faz qualquer sentido. É uma afronta a tudo o que sempre… pic.twitter.com/KGBh5nVHoB— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) April 28, 2025
A troca também não foi bem vista até por membros do PT, como o senador e líder do governo do Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues (AP).
“As cores da nossa seleção não são uma ‘identidade ideológica’; elas representam o que nos distingue no mundo. As cores de uma seleção têm relação com a identidade nacional. Qualquer cor diferente do verde, amarelo, branco e azul não se justifica”, escreveu Randolfe no X (antigo Twitter).
As cores da nossa seleção não são uma ‘identidade ideológica’; elas representam o que nos distingue no mundo. Ao longo da história do nosso escrete, já usamos o branco (1914–1953), o amarelo como camisa principal (de 1954 até hoje) e o azul como camisa reserva desde 1958. As…
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) April 29, 2025
Projeto de lei contra a mudança
Nesta terça-feira, o deputado federal Zé Trovão (PL-SC) apresentou um projeto de lei que torna obrigatório o uso das cores oficiais da Bandeira Nacional (verde, amarelo, azul e branco), para todas as entidades públicas ou privadas que representem oficialmente o Brasil.
De acordo com o PL, a exigência se aplica às seguintes categorias:
- Delegações esportivas
- Missões diplomáticas e consulares
- Delegações científicas, tecnológicas ou culturais;
- Entidades participantes de exposições internacionais ou eventos oficiais;
- Organizações da sociedade civil que atuem mediante convênio, parceria ou contrato com a administração pública federal.
Em caso das normas não serem cumpridas, sansões serão aplicadas e elas poderão ir desde advertências até o impedimento de representar o país por até quatro anos.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Hugo Motta defende que camisa 2 da Seleção Brasileira continue sendo azul no site CNN Brasil.
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