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Após polêmicas, “Geni e o Zepelim” anuncia nova protagonista trans

Após polêmicas e acusações de transfobia, o filme “Geni e o Zepelim” divulgou a nova protagonista: a atriz Ayla Gabriela, uma mulher trans.

Este será o primeiro longa protagonizado por Ayla, que já atuou nos curtas “Pássaro Memória” (2023), “A corpa fala” (2020) e “Defesa Pura” (2025), além de integrar o elenco de “Santo” (2023) e de “Girassóis” (2024).

O longa começará a ser rodado a partir da semana que vem, na Amazônia, e vai retratar a história de uma prostituta odiada pela sociedade local de sua comunidade ribeirinha, que vê sua cidade sendo invadida por tropas lideradas por um tirano, conhecido como Comandante, que chega voando em um imponente zepelim. 

A escolha de Ayla para o papel ocorreu após a saída da atriz Thainá Duarte da produção. A diretora do filme, Anna Muylaert, anunciou a mudança de elenco depois de receber comentários que acusavam o filme de “transfake”, — termo que se refere à prática de atores cis interpretando papéis trans.

“Ouvi muitas vozes e pude entender a dimensão da importância dessa personagem para a comunidade trans. Fazer essa história com uma mulher cis foi um erro, um equívoco. Quero pedir desculpas a todas as pessoas que se sentiram apagadas por causa dessa ideia. Eu tive uma visão errada. Vamos mudar o rumo das coisas, vamos trocar a personagem e adaptar o roteiro”, disse Muylaert ao anunciar a saída de Thainá.

Acusações de transfobia

Desde o anúncio da produção do filme e do elenco, muitas pessoas nas redes acusaram a produção de transfobia por escalar uma atriz cis para o papel de Geni. Criada por Chico Buarque para o espetáculo “Ópera do Malandro”, a personagem de Geni na peça original representa uma travesti do Rio de Janeiro que vive da prostituição e sofre com o preconceito.

Inicialmente, a diretora Anna Muylaert (mais conhecida por “Que Horas Ela Volta” e “A Melhor Mãe do Mundo”) explicou ter se inspirado na letra de “Geni e o Zepelim” e disse que a personagem vivida por Thainá Duarte em seu filme não seria trans, e sim uma prostituta cis, moradora na Amazônia.

Após ter se colocado aberta para discutir a questão nas redes sociais e ter recebido diversos comentários falando sobre a importância de Geni para a comunidade trans, a produtora responsável pelo longa, Migdal Filmes, anunciou a mudança no elenco e a escolha de Ayla Gabriela para o papel principal.

Ouça “Geni e o Zepelim”, de Chico Buarque

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