O governo de Donald Trump completa 100 dias, uma marca que começou a ter mais peso a partir da administração de Franklin Roosevelt em 1933. Na ocasião, o democrata fez 99 ordens executivas em seus primeiros 100 dias, mais do que qualquer outro presidente.
O 100º dia de sua presidência foi 12 de junho de 1933. Em 25 de julho, o democrata fez um discurso de rádio no qual usou o termo “primeiros 100 dias”.
Os 100 dias desse segundo mandato de Trump foram marcados por cenas inusitadas e, em alguns casos, constrangedoras. Relembre algumas delas:
Filho de Elon Musk manda Trump se calar
Em fevereiro, depois de roubar a cena com uma conduta “fofa e inquieta” durante a inédita entrevista do pai, Elon Musk, ao lado do presidente Donald Trump, o pequeno X Æ A-Xii viralizou nas redes sociais pelo que disse ao presidente americano na ocasião.
X acompanhou o pai em uma aparição extraordinária no Salão Oval da Casa Branca, na quarta-feira, 12, quando o CEO da Tesla, da SpaceX e do X falou a jornalistas pela primeira vez desde que chegou a Washington para chefiar o Departamento de Eficiência do Governo (Doge, na sigla em inglês).
Durante o encontro, X Æ A-Xii não parou quieto. Pareceu entediado ao longo dos 30 minutos da coletiva. Em certo momento, o pequeno se aproximou da mesa onde estava sentado Trump e fez um comentário inusitado:
“Eu quero que você cale a sua boca”, disse o menino.
“I want you to shush your mouth”. 😂 lil X saying what millions of Americans would like to tell Trump to his face pic.twitter.com/BniJ1IuSAj
— Facts Chaser 🌎 🤦🏻♂️ (@Factschaser) February 12, 2025
Nas últimas semanas, Musk declarou que pretende passar menos tempo no governo Trump e dar mais atenção ao seu negócio de carros elétricos.
Trump bate-boca com Zelensky na Casa Branca
No final de fevereiro, Trump teve uma discussão histórica no Salão Oval da Casa Branca. Ele acusou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, de “brincar” com a vida de milhões de pessoas e com uma “Terceira Guerra Mundial”.
Após 30 minutos de declarações à mídia, as tensões aumentaram quando o presidente dos EUA disse que Zelensky não estava em posição de ditar condições relacionadas à guerra. “Ou você faz acordo, ou estamos fora”, disse Trump.
O vice-presidente americano, J.D. Vance, que também estava presente, chamou Zelensky de “desrespeitoso”, durante o encontro acalorado. “Eu assinei um acordo para o cessar-fogo em 2019”, falou o ucraniano, mas ele acusou Putin de violar os termos ao lançar a invasão de 2022.
🚨 Trump just told Zelensky to SHUT HIS MOUTH
“No no. You’ve done a lot of talking.”
“Your country is in big trouble. You’re not winning … You have a damn good chance of coming out okay because of us.” pic.twitter.com/U88Fs4pURE
— Nick Sortor (@nicksortor) February 28, 2025
“Ele não fez isso [o acordo para parar as hostilidades]. Que tipo de diplomacia você está tratando aqui?”, falou Zelensky ao vice-presidente.
O norte-americano rebateu: “Eu acho desrespeitoso você vir ao Salão Oval e tentar contestar isso na frente da mídia dos EUA”.
Hoje, a situação entre os dois países melhorou um pouco, com Trump fazendo mais críticas ao governo de Vladimir Putin e Kiev agradecendo com mais ênfase o apoio dado por Washington.
Trump compra carro e paga com cheque
Um mês depois, o republicano novamente se envolveu num episódio inusitado com o homem mais rico do mundo. O presidente comprou um carro da Tesla durante um evento na Casa Branca. A ação ocorreu em meio a uma queda das ações da empresa naquele período.
Cinco modelos da empresa foram colocados no jardim da Casa Branca. Trump se encontrou ali com Musk, que atua como conselheiro do presidente e comanda um departamento que está cortando gastos do governo americano.
Os dois caminharam ao lado dos veículos. Musk disse que o modelo Cybertruck era “à prova de balas”. Trump escolheu um carro vermelho, Model S.
“Eu não quero desconto”, afirmou o presidente aos jornalistas. Ele disse que faria o pagamento com um cheque. Em seguida, Trump entrou no carro, ao lado de Musk, e posou para as câmeras.
Trump mostra quadro de tarifas nos jardins da Casa Branca
Em 2 de abril, o republicano fez o anúncio mais esperado até então do seu governo: das tarifas que atingiriam boa parte do comércio global. Trump explicou o que seriam as tarifas recíprocas contra países que taxam os Estados Unidos. O percentual mínimo foi de 10%, e cada país teve uma taxa diferenciada. O Brasil teve uma tarifa de 10%.
Thoughtful piece on potential conceptual as well as practical errors that went into the announced tariff policy. It will be a test of the administration’s judgment versus ideology how they resolve this over the weekend or coming days. https://t.co/wbETn1e1Zm
— Daniel S. Loeb (@DanielSLoeb1) April 5, 2025
Na ocasião, a China, segunda maior economia do mundo, foi taxada em 54% (com tarifas acumuladas de outros anúncios). Com a guerra tarifária entre Pequim e Washington, as tarifas de Trump contra produtos chineses poderiam chegar a 145%. Do lado chinês, esse número chegou a 84%, praticamente inviabilizando o comércio entre as duas nações.
Depois de solavancos nos mercados, Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas e diz que está em negociação com diversos países.
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