O bilionário investidor John Paulson afirmou que o preço do ouro pode alcançar quase US$ 5.000 por onça até 2028, impulsionado pela compra de ouro por bancos centrais e pelas tensões comerciais globais.
A previsão otimista vem em um momento em que os preços do ouro atingiram um recorde histórico, superando os US$ 3.500 na semana passada.
Paulson, que já é o maior acionista da Perpetua Resources, uma desenvolvedora de ouro e antimônio em Idaho, recentemente adquiriu uma participação de 40% no projeto Donlin, da NovaGold, no Alasca.
Em uma entrevista à Reuters, Paulson reforçou seu compromisso com projetos de mineração nos Estados Unidos, destacando que o cenário atual favorece a valorização do metal precioso.
Durante a entrevista, ele mencionou que um especialista havia estimado que os preços do ouro poderiam atingir a faixa “alta dos US$ 4.000” nos próximos três anos, uma previsão que ele considera razoável.
Segundo Paulson, a crescente busca por ativos mais seguros por parte dos bancos centrais, especialmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia, está impulsionando a demanda por ouro.
O investidor destacou que a apreensão em relação à segurança das reservas financeiras tem levado os bancos centrais a diversificarem suas reservas, colocando mais ênfase no ouro.
“Quando a guerra começou, a Rússia manteve seu ouro físico, que era seguro, mas todas as suas reservas em dinheiro foram confiscadas”, disse Paulson, enfatizando que isso despertou a preocupação entre outros países sobre a segurança de suas reservas em dólares.
Ele acredita que a incerteza nas relações comerciais, exacerbada pelas tarifas impostas por Washington, também está contribuindo para o fortalecimento do ouro como moeda de reserva.
Paulson, que tem uma longa trajetória de investimentos em ouro, afirmou que não tem interesse em diversificar para outros metais, como cobre.
Ele está focado exclusivamente no setor de ouro e, em Idaho, sua empresa Perpetua recebeu a licença federal de mineração em janeiro e está buscando financiamento do Banco de Exportação e Importação dos EUA.
O projeto visa garantir um suprimento doméstico de antimônio, um metal essencial para a produção de munições e outros produtos militares.
Além do projeto Donlin, Paulson e sua equipe estão investindo em outras iniciativas de mineração no Alasca, com a expectativa de que os custos operacionais fiquem em torno de US$ 1.000 por onça, um valor significativamente abaixo dos preços atuais do mercado.
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