Financiar um imóvel é um dos maiores compromissos financeiros que uma pessoa pode assumir. Com a taxa de juros elevada em 2025, muitas pessoas se perguntam se ainda vale a pena recorrer ao financiamento para adquirir a casa própria. Neste cenário, entender como os juros impactam o valor final a ser pago e quais opções de financiamento existem pode ser crucial para tomar a decisão certa.
Como funciona o financiamento imobiliário?
O financiamento imobiliário envolve o empréstimo de um valor para a compra de um imóvel, com o compromisso de devolvê-lo em parcelas mensais. Esse valor é acrescido de juros, que variam de acordo com a modalidade escolhida, o banco e as condições de mercado. Em 2025, com a Selic ainda em níveis elevados, os juros para financiamento imobiliário também permanecem altos, o que impacta diretamente o valor total a ser pago.
Existem duas principais formas de amortização para quem vai financiar um imóvel:
- Tabela Price (TP): também conhecida como Sistema Francês de Amortização, oferece parcelas fixas, o que facilita o planejamento. No entanto, ao longo do contrato, o valor total pago tende a ser mais alto.
- Sistema de Amortização Constante (SAC): as parcelas iniciais são mais altas, mas vão diminuindo com o tempo. O valor total pago tende a ser mais baixo do que na Tabela Price, mas pode impactar o orçamento inicial do comprador.
Ambas as opções possuem vantagens e desvantagens, e a escolha depende do perfil financeiro do comprador e das suas condições de pagamento ao longo do tempo.
Impacto dos juros no financiamento imobiliário
Em 2025, a taxa Selic está elevada, o que reflete diretamente nas taxas de juros aplicadas aos financiamentos imobiliários. No caso da Caixa Econômica Federal, por exemplo, os juros podem variar entre 7% e 11% ao ano, dependendo da modalidade e da faixa de financiamento. Para valores menores, como R$ 250 mil, a taxa de 7,93% pode ser aplicada em algumas condições, mas o custo total do financiamento acaba sendo bem mais alto devido ao longo prazo de pagamento.
A seguir, veja alguns exemplos de valores de financiamento de imóveis em diferentes faixas de preço, com base em um levantamento do site Bora Investir, da B3:
Financiamento de R$ 250 mil (valor do imóvel de R$ 350 mil com entrada de R$ 100 mil): o valor total pago pode variar entre R$ 660 mil e R$ 966 mil, dependendo da escolha entre SAC ou Tabela Price. A renda mínima necessária para esses financiamentos pode variar entre R$ 6.100 e R$ 9.900.
Financiamento de R$ 450 mil: com as mesmas condições, o valor total pode chegar a R$ 1.732.349,58, dependendo da escolha entre SAC ou Tabela Price. A renda mínima necessária sobe para cerca de R$ 17.700.
Vantagens e desvantagens dos financiamentos imobiliários
Vantagens
- Facilidade de acesso à casa própria: o financiamento é uma das opções mais acessíveis para quem não possui o valor total para adquirir o imóvel à vista.
- Parcelamento longo prazo: o financiamento imobiliário pode ser feito em prazos de até 30 ou 35 anos, o que torna as parcelas mais acessíveis no curto prazo.
- Possibilidade de usar recursos do FGTS: em alguns casos, é possível usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para abater parte do valor financiado.
Desvantagens
- Juros elevados: com a Selic alta, o financiamento se torna mais caro, o que aumenta o custo total da casa ao longo dos anos.
- Compromisso financeiro longo: o financiamento de um imóvel pode durar várias décadas, o que significa um longo compromisso com parcelas mensais.
- Risco de endividamento: caso as condições financeiras mudem ao longo do tempo, o comprador pode se ver em dificuldades para pagar as parcelas.
Fatores a considerar antes de financiar
- Avalie sua capacidade de pagamento mensal. Lembre-se de que, além da parcela do financiamento, há custos adicionais, como o IPTU, manutenção do imóvel e despesas com contas de água, luz e gás.
- Pesquisar e comparar as taxas de juros oferecidas por diferentes bancos pode resultar em uma economia significativa no valor final pago.
- Defina o prazo do financiamento e escolha a modalidade de amortização que mais se encaixa no seu orçamento e planos de vida.
- Aumente o valor da entrada. Quanto maior for a entrada, menor será o valor financiado e, consequentemente, menor será o valor das parcelas.
Vale a pena financiar um imóvel em 2025?
Apesar das taxas de juros elevadas, o financiamento imobiliário ainda pode ser uma boa opção para quem busca a casa própria, desde que a escolha seja feita de forma estratégica. A análise cuidadosa da taxa de juros, do prazo do financiamento e da sua capacidade financeira é essencial para garantir que o imóvel se torne um investimento vantajoso no futuro.
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