A Igreja Católica se prepara para escolher o novo pontífice a partir de 7 de maio. A reunião para escolher um novo papa, após a morte de Francisco, reunirá 135 cardeais, com menos de 80 anos, que são aptos a escolher o futuro líder.
A eleição de um chefe de Estado do Vaticano gera discussões ao redor de nomes considerados fortes candidatos, e um nome ganha destaque entre os possíveis sucessores: Jean-Marc Aveline, arcebispo de Marselha, na França.
Nascido na Argélia, de família francesa, Aveline, de 66 anos, é considerado por muitos como o “favorito” de Francisco.
Sua trajetória na Igreja foi marcada por promoções, tendo se tornado bispo, arcebispo e cardeal durante o papado de Francisco.
Perfil alinhado com Francisco
Aveline é conhecido por sua sensibilidade às questões migratórias e ao diálogo interreligioso, temas caros ao papa Francisco. Sua atuação em Marselha, cidade portuária com intensa movimentação migratória, reforça esse perfil.
O cardeal francês também se destaca pelo diálogo com a comunidade argelina e sua abordagem de construção de pontes entre diferentes religiões, seguindo os passos de Francisco.
Desafios para a sucessão
Apesar do favoritismo, Aveline enfrenta obstáculos. Sua ordenação como cardeal é recente, datando de 2022, o que o coloca em desvantagem em relação a cardeais mais experientes no Colégio Cardinalício.
Além disso, sua projeção internacional ainda é limitada, sendo mais conhecido por sua atuação local na França, incluindo encontros com o presidente Emmanuel Macron.
A possibilidade de um papa francês após mais de 600 anos desperta o interesse da comunidade católica francesa.
No entanto, a Igreja francesa não possui atualmente a mesma influência política no Vaticano que outras comunidades católicas mais proeminentes.
Jean-Marc Aveline representa uma visão de Igreja acolhedora e aberta ao diálogo, posicionando-se como um progressista moderado em alguns aspectos e conservador moderado em questões doutrinárias. Sua idade, 66 anos, também é um fator relevante, pois poderia resultar em um longo pontificado caso seja eleito.
Processo de votação do novo papa
Depois que os cardeais chegam ao Vaticano, o conclave começa com uma missa matinal especial na Basílica de São Pedro. Eles caminham até a Capela Sistina para começar o processo da eleição.
A votação é realizada a portas fechadas, e o sigilo é rigorosamente guardado. A capela é verificada em busca de câmeras e microfones escondidos, e os cardeais não têm permissão para falar sobre os procedimentos com ninguém de fora do grupo. Se o fizerem, podem ser excomungados.
Quando terminam, cada cardeal — em ordem de senioridade — caminha até um altar para colocar cerimoniosamente sua cédula dobrada em um cálice. Os votos são então contados e o resultado é lido para os cardeais.
Se um cardeal receber dois terços dos votos, ele se torna o novo papa.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Quem é Jean-Marc Aveline, cardeal frânces cotado para ser papa no site CNN Brasil.
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