No próximo sábado, a cantora Lady Gaga vai se apresentar para um publico estimado em pelo menos 1 milhão de pessoas na Praia de Copacabana. Vai ser, de longe, a maior plateia em um show da cantora norte-americana e um número que dificilmente vai ser superado em sua carreira.
O festival Coachella, na Califórnia, onde a estrela do pop iniciou a turnê do seu mais novo álbum, Mayhem, tinha 100 mil pagantes por dia, porém distribuídos em diferentes palcos. Em 2022, na turnê do seu disco anterior, a Chromatica Ball, Gaga fez uma apresentação no Stade de France, em Paris, para 78 mil pessoas e até então esse era considerado o seu público recorde.
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O frisson com o mega show da Mother Monster em nada lembra a recepção morna que Lady Gaga teve na única vez em que se apresentou no Brasil. Era novembro de 2012 e a turnê Born This Way teve três datas, no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, com uma expectativa total de público de 180 mil pessoas.
Ironicamente, o primeiro show foi em terras cariocas e a apenas três dias da apresentação, a T4F (SHOW3), que estava trazendo a diva só havia vendido 14 mil dos 86 mil ingressos disponíveis, segundo noticiou o jornal O Dia à época.

Àquela altura, já era possível comprar dois ingressos pelo preço de um, em uma promoção patrocinada pela Riachuelo. Os bilhetes custavam entre R$ 190 e R$ 750. As redes sociais eram bem menos ativas naquela época, mas mesmo assim o fracasso de vendas virou piada na internet e rendeu muitos memes.
“Comprei um pastel de carne e achei o ingresso para o show da Gaga”, dizia a legenda da foto de um ingresso da turnê dentro de um pastel de feira. Surgiram páginas especializadas em fazer chacota da situação.

Artistas evoluem, diz CEO da Bonus Track
Corta a cena para 2025 e a mesma Lady Gaga que encalhou ingressos vai se apresentar na plataforma de megashows “Todo Mundo do Rio”, idealizada pela produtora Bonus Track. Obviamente, em circunstâncias diferentes.
Os fãs esperavam ansiosos por um retorno da diva desde que ela cancelou sua apresentação no Rock in Rio de 2017. Também trata-se de um show gratuito, na praia. Mas a demanda está lá e pode ser percebida pelos preços bem acima do normal para diárias de hotel, passagens de avião – e até de ônibus – para o Rio de Janeiro, em plena baixa temporada.
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“Os artistas evoluem em suas carreiras, atingem muito mais gente e geram um interesse muito maior pelo seu trabalho do que 13 anos atrás”, disse Luiz Oscar Niemeyer, CEO da empresa de entretenimento, durante sua participação no InfoMoney Entrevista (acompanhe a íntegra no link abaixo).
O acesso facilitado à música via plataformas de streaming também ajuda. “O artista hoje fala com muito mais gente, gera muito mais interesse. As pessoas têm muito mais acesso à música do que tinham antes, então, tudo isso amplifica o interesse, amplifica a audiência, sem dúvida nenhuma”, complementa.
O próprio Niemeyer viveu situação parecida com outra diva pop que certamente teria ingressos esgotados em poucos minutos nos dias de hoje. Mas era 2011 e as manchetes diziam outra coisa: “Rihanna faz bom show para público pequeno em São Paulo”, era o título de uma reportagem publicada na época.
“A demanda [por shows] sempre existiu. Existe uma coisa que chamamos de momentum. É a coisa acontecer na hora certa, no momento certo”, justifica Niemeyer.
Depois de Lady Gaga, a Bonus Track ainda tem outros mega shows para produzir na Praia de Copacabana pelos próximos quatro anos. Nos bastidores, correm nomes como o da cantora Beyoncé, a banda irlandesa U2 e o da própria cantora Rihanna como possíveis atrações.
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