Nesta terça-feira, 29, a administração do presidente Donald Trump deve tomar uma medida para suavizar o impacto das tarifas automotivas, o que deve aliviar alguns encargos sobre peças estrangeiras usadas em carros fabricados nos Estados Unidos.
A medida também impedirá que as tarifas sobre carros produzidos no exterior se acumulem com outros impostos, como os de aço e alumínio.
O secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou que o acordo representa uma “grande vitória” para a política comercial de Trump, que visa premiar as empresas que fabricam internamente e apoiar aquelas comprometidas em expandir a produção doméstica.
Segundo o Wall Street Journal, o primeiro a divulgar a informação, a mudança permitirá que as montadoras que pagam tarifas não sejam cobradas por outras taxas, como as de aço e alumínio, e ainda receberão reembolsos pelos impostos já pagos.
Um oficial da Casa Branca confirmou a decisão, que deve ser oficializada nesta terça, durante a visita de Trump a Michigan, um estado-chave para a indústria automobilística americana e sede das três grandes montadoras de Detroit.
A decisão é a mais recente de uma série de flexibilizações nas tarifas, que têm gerado turbulência nos mercados financeiros e gerado incertezas para os negócios, com receios de uma desaceleração econômica significativa.
Os líderes das principais montadoras, como Mary Barra, CEO da General Motors (GM), e Jim Farley, CEO da Ford, elogiaram as mudanças, segundo a Reuters. Para eles, as alterações ajudarão a reduzir o impacto das tarifas para as montadoras, fornecedores e consumidores, permitindo mais investimentos na economia dos EUA.
Recentemente, grupos da indústria automotiva dos Estados Unidos haviam alertado Trump sobre o impacto negativo de tarifas de 25% sobre peças de automóveis importadas, que poderiam elevar os preços dos veículos e reduzir as vendas.
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