O líder do PDT na Câmara, deputado Mário Heringer (MG), defende uma saída urgente do partido da base do governo Lula, se o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), tiver que entregrar o cargo. “O estrago para o partido já está feito. Só uma ilação ou uma suspeita já gera um desconforto muito grande”, avalia o deputado. O PDT tem 17 deputados federais e três senadores.
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Nesta segunda-feira, o ministro Carlos Lupi (PDT), participou da reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS). O ministro deu explicações sobre a crise no INSS, decorrente de descontos indevidos dos aposentados. Amanhã, ele participa de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e vai ser cobrado por mais esclarecimentos.
Investigações preliminares falam em mais de R$ 6,3 bilhões desviados nos últimos seis anos. Carlos Lupi alegou, em sua defesa, que os acordos foram firmados na gestão anterior.
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“Não pode cair tudo na conta do ministro. Você vai ver que ele não está atrasado e que não houve leniência”, defende Heringer afirmando que, amanhã, no Congresso Nacional, Lupi vai dar mais detalhes da investigação
Na semana passada, a Controladoria Geral da União (CGU) afastou 5 servidores. Segundo Lupi, foi uma espécie de freio de arrumação.
Lupi justificou que todas as entidades com suspeita de irregulares são “antigas” e que as acusações precisam ser comprovadas na investigação da Polícia Federal. As associações contam com mais de 6 milhões de filiados.
No entanto, o ministro reconheceu que levou-se tempo demais para tomar as devidas medidas. Mesmo assim, ele afirma que tomou ações firmes; demitiu o diretor de Benefícios, André Fidelis, elaborou uma Instrução Normativa com novas regras para os descontos e realizou uma auditoria interna no INSS.
Apelo dos sindicalistas
Representantes das entidades dos aposentados no Conselho fizeram um apelo pela liberação dos repasses para as entidades. Eles argumentam que as associações não estão preparadas e que podem fechar as portas. Os sindicalistas pediram para “separar o joio do trigo”.
Os repasses estão suspensos desde a última quarta-feira, quando uma ação conjunta da Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), revelou um esquema de fraude nos acordos de entidades com o INSS para o desconto da taxa associativa.
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