O ministro das finanças de Luxemburgo, Gill Roth, defendeu que os países tenham calma e que ampliem a cooperação frente ao aumento das tarifas praticadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“Eu atendi apenas as reuniões de inverno da IMF e do Banco Mundial em Washington e nós tivemos muitas conversas sobre isso. Eu acho que o ponto maior agora é desescalar, não ter uma confrontação, mas uma cooperação, esse é o ponto principal – não aumentar as tarifas de ambos os lados”.
À CNN, Roth também afirmou que o momento é tenso, mas que a calma se faz necessária para manter o bem-estar da economia mundial.
“Os Estados Unidos são nossos parceiros naturais. Eu acho que temos agora que desescalar, esperar, acalmar e encontrar uma solução comum, porque o mundo precisa de grupos e por isso podemos ter uma fragmentação do comércio internacional e isso é o mais importante. Todos, de ambos os lados, precisam trabalhar nisso”, comentou.
Em meio a tudo isso, Roth defende, ainda, que a Europa aumente a sua própria competitividade ao seguir o “plano Draghi”, um documento apresentado por Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu e ex-primeiro-ministro da Itália.
O relatório prevê um crescimento lento e uma produtividade estagnada da União Europeia frente aos Estados Unidos e a China e para reverter, propõe integrar os mercados de capitais, aumentar investimentos para impulsionar inovação e transição energética, além da reforma do modelo de financiamento.
Gill Roth está no Brasil pela primeira vez durante esta semana para “expandir o mapa das finanças internacionais de Luxemburgo”. Na próxima quarta-feira (30), Roth irá a Brasília para uma reunião com o Ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad.
O país europeu é o segundo maior centro financeiro de investimentos do mundo e, atualmente, abriga 6 dos 10 maiores bancos brasileiros.
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