Depois de três dias sendo velado na Basílica de São Pedro, começou o rito de fechamento do caixão do Papa Francisco às 20h desta sexta-feira (15h no horário de Brasília). Uma hora antes, a visitação havia sido encerrada ao público. Segundo o Vaticano, 250 mil fiéis se despediram do Pontífice desde quarta-feira, quando seu corpo deixou a Casa Santa Marta, onde vivia, e chegou em uma procissão na capela-ardente.
A cerimônia litúrgica de fechamento do caixão é presidida pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana que comandará o conclave e é um dos cotados para suceder Jorge Bergoglio. O Vaticano informou, em nota, que diversos cardeais e oficiais da Santa Sé estão no evento.
Depois do rito, o caixão do jesuíta argentino será preparado para a missa solene que acontece neste sábado, na Praça de São Pedro, de onde partirá o cortejo fúnebre às 10h (5h no horário de Brasília). O trajeto percorrerá seis quilômetros pelas ruas de Roma, passando pelo Coliseu, com destino final na Basílica de Santa Maria Maior, onde o Pontífice será sepultado, conforme seu desejo de descansar fora das criptas papais tradicionais.
Espera-se a presença de mais de 200 mil pessoas, de acordo com o jornal inglês The Guardian, incluindo líderes mundiais como Donald Trump, Emmanuel Macron, Volodymyr Zelensky e o príncipe William. O presidente Lula já está em Roma e compareceu ao velório de Francisco nesta sexta.
Os ritos de sábado também marcam o início do Novemdiales, o período de nove dias de luto e orações pela alma do Pontífice. Segundo a Santa Sé, fiéis poderão visitar o túmulo de Jorge Bergoglio já a partir deste domingo.
O sepultamento marca uma ruptura com a tradição, já que Francisco será o primeiro Papa em mais de um século a ser enterrado fora da Basílica de São Pedro. A escolha reflete seu compromisso com a simplicidade e a proximidade com os mais humildes.
O conclave para a escolha do novo Papa deve começar em 6 de maio, com 135 cardeais eleitores reunidos no Vaticano. Entre os nomes cotados estão os cardeais Matteo Zuppi (Itália), Pietro Parolin (Secretário de Estado) e Luis Antonio Tagle (Filipinas).
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