De acordo com um oficial da polícia indiana à AFP, pelo menos 24 pessoas foram mortas na região de Caxemira, na Índia, nesta terça-feira, após homens armados abrirem fogo contra turistas no retiro de verão de Pahalgam. As autoridades classificam o ataque como o pior contra civis em anos.
Os militantes responsáveis pelo ataque buscam independência ou uma fusão com o Paquistão, que controla uma parte menor da região da Caxemira e, assim como a Índia, a reivindica integralmente. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo atentado, mas rebeldes na região promovem uma insurgência desde 1989.
Os assassinatos ocorreram um dia após o primeiro-ministro Narendra Modi se encontrar com o vice-presidente dos EUA, JD Vance, que está há quatro dias no país com sua esposa e filhos. Modi condenou o “ato hediondo” e prometeu que os agressores “serão levados à justiça”. O vice-presidente Vance prestou suas condolências “às vítimas do devastador ataque terrorista em Pahalgam”.
“Nossos pensamentos e orações estão com eles enquanto lamentam esse ataque horrível”, escreveu JD no X, antigo Twitter.
Ministros se manifestam sobre ataque na Caxemira
Em comunicado, o ministro-chefe Omar Abdullah afirmou que “o ataque é muito maior do que qualquer coisa que tenhamos visto nos últimos anos” e com número de mortos “ainda sendo apurado”.
“Esse ataque contra nossos visitantes é uma abominação. Os responsáveis são animais, desumanos e dignos de desprezo”, disse o ministro-chefe.
Amit Shah, ministro do Interior da Índia, voou para a Caxemira e prometeu que os militantes serão capturados.
“Aqueles envolvidos nesse ato terrível de terrorismo não serão poupados, e vamos agir com dureza contra os perpetradores com as consequências mais severas”, garantiu Amit em comunicado.
No X, antigo Twitter, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, disse estar “profundamente entristecido pelo hediondo ataque terrorista contra turistas” e acrescentou que sua nação “está unida com a Índia”.
Testemunhas relataram o terror durante ataque
Um guia turístico disse à AFP que chegou ao local após ouvir tiros e transportou alguns feridos a cavalo.
— Vi alguns homens deitados no chão, parecendo mortos — disse Waheed, que forneceu apenas o primeiro nome.
Outra testemunha que pediu para não ser identificada descreveu a situação.
— Os militantes, não sei quantos, saíram da floresta perto de um pequeno campo aberto e começaram a atirar. Estavam claramente poupando as mulheres e continuavam atirando nos homens, às vezes com um tiro só e outras vezes com vários, parecia uma tempestade. Todos começaram a correr em pânico! Tentamos confortá-los, mas eles só gritavam… ajudamos a levar alguns feridos para fora de lá em cavalos.
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