Lançado no catálogo da Netflix no dia 17 de junho, o filme Homem com H tem provado a força do cinema nacional e da carreira de Ney Matogrosso. Dirigido por Esmir Filho, o longa-metragem traz Jesuíta Barbosa na pele do artista que marcou época tanto como parte dos Secos e Molhados quanto em carreira solo.
Essa história, que começa na infância do protagonista, está sendo muito bem-recebida pelos assinantes do streaming — já em sua data de estreia, o longa-metragem subiu ao topo dos longas mais assistidos no Brasil. No entanto, esse sucesso também veio acompanhado de uma polêmica que traz questionamentos bastante válidos.
Entenda a polêmica sobre Homem com H
Felizmente, as polêmicas envolvendo Homem com H não têm a ver com preconceitos sobre Ney Matogrosso ou sobre sua sexualidade. O que mais vêm gerando críticas à Netflix é o fato de que o longa-metragem chegou a seu catálogo em um momento no qual sequer completou sua passagem pelo circuito comercial de cinemas.
- No Brasil, o longa-metragem chegou aos cinemas no dia 1º de maio;
- Isso significa que ele chegou à Netflix no momento em que ainda está em cartaz em algumas capitais;
- Os críticos afirmam que essa situação canibaliza o cinema nacional e desestimula o público a frequentas as sessões disponíveis;
- A situação é incomum para um filme nacional. Geralmente, a estreia no streaming só acontece após o fim da exibição comercial e uma passagem pelas lojas digitais;
- Até o momento, a Netflix e a distribuidora Paris Filmes não comentaram o caso.
Em uma entrevista ao site Metrópoles, Cibele Amaral, integrante da Conexão Audiovisual Centro-Oeste, Norte e Nordeste (Conne) afirmou que a situação evidência a necessidade de uma maior regulamentação do streaming. No entanto, ele afirma que a questão também deve envolver uma discussão mais ampla que inclua a extensão do parque audiovisual nacional para além das capitais e bairros centrais.
Longa também gerou discussões sobre preço
Nas redes sociais, a defesa da estreia de Homem com H no catálogo da Netflix tem como principal base o preço. Embora a assinatura do streaming seja considerada cara, ela ainda é mais acessível do que ir ao cinema. Em alguns locais, é mais barato sustentar todo um mês de assinatura do que um adulto pagar pela entrada inteira em uma rede comercial.
Ao mesmo tempo, também há comentários mostrando que o filme simplesmente não estava disponível em cidades menores, nas quais os cinemas são dominados por grandes blockbusters. Em compensação, muitos concordam que não haveria nenhum problema se o título tivesse demorado um pouco mais para chegar ao streaming.
Além da atuação de Jesuíta Barbosa como Ney Matogrosso, o longa também se destaca pela presença de Julio Reis como Cazuza. O elenco é complementado por Bruno Montaleone (Marco de Maria), Rômulo Braga, Hermila Guedes, Mauro Soares, Jeff Lyrio, Carol Abras, Lara Tremoroux e a cantora Céu.
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Fonte: TecMundo