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Como Treinar o Seu Dragão é uma aula de como fazer live-action (opinião)

Na última década, as refilmagens movimentaram milhões no mercado cinematográfico. Não é à toa que grandes produtoras, que antes jamais haviam investido nesse formato, passam a apostar em remakes para conquistar sua fatia dessa tendência. O mais recente live-action, e primeiro da DreamWorks, Como Treinar o Seu Dragão, vai muito além do lucro inevitável: é um filme que valoriza cada detalhe e demonstra profundo respeito pela obra original.

Dirigido por Dean Deblois, responsável pela trilogia animada inspirada nos livros de Cressida Cowell, Como Treinar o Seu Dragão reconta a história de Soluço e seu dragão Banguela (apelidado de Fúria da Noite pelos vikings mais temerosos). 

Na trama, um jovem viking vive em uma ilha cujo povo é constantemente atacado por dragões. Tudo muda quando sua invenção consegue capturar o temível Fúria da Noite, mas, ao ter a chance de dar fim à criatura, Soluço descobre nela a chave para a harmonia entre as duas espécies.

Elenco carismático e diverso

O elenco é, sem dúvidas, um dos pontos altos desta nova versão. Mason Thames (O Telefone Preto) captura perfeitamente a essência de Soluço, repetindo trejeitos e maneirismos do personagem animado, mas imprimindo seu toque pessoal e artístico, que torna a figura ainda mais cativante.

Como Treinar o Seu Dragão é uma aula de como fazer live-action (opinião)

Outro acerto foi a escolha de Nico Parker (Dumbo; The Last of Us) para viver a jovem guerreira Astrid. Aos 20 anos, ela assimilou, ao lado da equipe de roteiristas e direção, o tom e a personalidade necessários à personagem, dando vida a uma das figuras mais queridas da animação. Além desse jovem casal principal, o elenco conta ainda com Gerard Butler, Nick Frost, Ruth Codd, Julian Dennison, Gabriel Howell, Bronwyn James e Harry Trevaldwyn.

A diversidade no elenco e a mudança na etnia de alguns personagens não comprometeram a qualidade da produção, apesar de terem gerado críticas dos fãs mais fervorosos da franquia. Pelo contrário, essas escolhas trouxeram o frescor e a atualização que a obra precisava, sendo inclusive justificadas nos primeiros minutos do longa.

Bom ritmo em uma ótima adaptação

As quase duas horas de filme são marcadas por muita ação e um ritmo constante. O longa não se detém em aprofundar muito seus personagens, algo que nem a animação original faz, e não vejo isso como falha. Pelo contrário, o ritmo acelerado confere o dinamismo necessário à narrativa e mantém o espectador vidrado desde os primeiros minutos.

Esse ritmo, inclusive, não prejudica a empatia entre quem assiste e quem está na tela. Os personagens, já familiares ao público da animação, são facilmente cativantes, e o fator nostalgia contribui muito para essa conexão, ao mesmo tempo em que apresenta a história a um público mais jovem.

6 de junho de 2025 - 19:34

As cenas de voo com os dragões são divertidas e muito bem realizadas, garantindo a imersão do espectador por meio de uma combinação equilibrada entre efeitos especiais e práticas. Assim como todo o aspecto mágico em volta do universo de Como Treinar o Seu Dragão que nos remete, ainda, a franquias infanto-juvenis consagradas, como Harry Potter.

O longa se mostra uma grata surpresa em meio a tantas versões live action malsucedidas no mercado: embora algumas tenham alcançado bons números de bilheteria, poucas conseguiram recriar com o mesmo primor as obras originais animadas que as inspiraram. O que, certamente, não deverá ser o caso da obra da DreamWorks, que já prepara uma sequência do filme, antes mesmo do lançamento do primeiro. 

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Fonte: TecMundo

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