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O que é o movimento Stop Killing Games? Entenda a iniciativa e suas polêmicas

A campanha Stop Killing Games, que já superou 1,2 milhão de assinaturas pelo mundo, quer impedir que editoras desativem jogos ou encerrem serviços online. O movimento alega que isso prejudica a preservação de títulos e os direitos dos consumidores — e para Ross Scott, idealizador da iniciativa, essas práticas configuram uma forma de obsolescência programada.

Em resposta ao movimento, a associação Video Games Europe reconheceu a mobilização dos jogadores, mas defendeu que o encerramento de serviços online é uma decisão complexa e tomada apenas quando a manutenção se torna inviável financeiramente. A entidade também destacou que tais decisões costumam ser comunicadas com antecedência e seguem normas de proteção ao consumidor.

8 de julho de 2025 - 15:42

“A decisão de descontinuar serviços online é multifacetada, nunca tomada de ânimo leve e deve ser uma opção para as empresas quando uma experiência online não for mais comercialmente viável”, explicou a instituição. “Entendemos que isso pode ser decepcionante para os jogadores, mas, quando isso acontece, a indústria garante que os jogadores sejam avisados ​​com antecedência sobre as possíveis mudanças, em conformidade com as leis locais de proteção ao consumidor”.

Servidores privados não são uma solução viável, segundo a Video Games Europe

Certamente, com o movimento Stop Killing Games a todo o vapor, muitas ideias estão sendo colocadas na mesa para a preservação desses jogos. Uma delas, inclusive, é a possível disponibilidade de servidores privados e dedicados — mas, segundo a Video Games Europe, a ideia não é nada viável.

A associação argumenta que servidores privados não são uma solução para o problema da preservação, já que não oferecerem segurança adequada nem controle sobre conteúdo. 

Além disso, muitos jogos são projetados para funcionar apenas online, o que dificultaria sua adaptação a outros formatos sem altos custos para os desenvolvedores.

8 de julho de 2025 - 15:42

Por outro lado, o movimento Stop Killing Games argumenta que consumidores pagam por jogos que, eventualmente, se tornam inutilizáveis. O grupo questiona a prática de vender títulos que deixam de funcionar após o encerramento dos servidores, alegando que isso prejudica o consumidor final.

O debate gira em torno da definição do que é adquirido pelo jogador — um produto ou uma licença temporária. O Stop Killing Games defende que jogos vendidos como mercadorias devem continuar acessíveis, mesmo após o fim do suporte oficial das desenvolvedoras.

Em todo o caso, a Video Games Europe declarou que está aberta ao diálogo com legisladores e os organizadores da iniciativa para buscar um ponto de equilíbrio que seja bom para ambas as partes.

Sabia que você não é dono dos jogos que compra?

Em setembro do ano passado, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, assinou uma lei que força as lojas digitais, como Steam, Epic Games e tantas outras, a dizerem aos clientes que eles estão apenas obtendo uma licença para usar o game/software em questão — em vez de sugerir que eles são realmente donos do produto.

A lei, que já se encontra em vigor, proíbe as plataformas digitais de usarem termos como “comprar” — a menos que os clientes sejam explicitamente avisados de que estão pagando por uma licença para um jogo que pode expirar a qualquer momento.

8 de julho de 2025 - 15:42

“À medida que as varejistas continuam se afastando da venda de mídia física, a necessidade de proteção ao consumidor na compra de mídia digital se tornou cada vez mais importante”, justificou Jacqui Irwin, deputada da Assembleia da Califórnia, em declaração na ocasião.

“Agradeço ao governador por assinar o AB 2426 [projeto de lei], garantindo que a publicidade falsa e enganosa de vendedores de mídia digital, dizendo incorretamente aos consumidores que eles são donos de suas compras, se torne uma coisa do passado”, concluiu Irwin. Os detalhes na íntegra você pode conferir no link abaixo!

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Fonte: TecMundo

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