The Alters, novo jogo da 11 bit studios, está sob questionamento por possível uso não divulgado de IA. O título, que mistura narrativa e sobrevivência com mecânicas inovadoras, teve recepção inicial bastante positiva, mas análises recentes apontam indícios de inteligência artificial em textos do jogo – incluindo trechos com padrões típicos de ferramentas como ChatGPT.
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A polêmica surgiu após usuários identificarem frases em diários do jogo com linguagem idêntica a respostas de IA, como “aqui está uma versão revisada com foco em dados científicos”.
Já outros indícios são referentes a falhas graves em traduções, como textos em português com erros gramaticais e estruturas incoerentes, sugerindo uso de tradução automatizada sem revisão.
Impressão minha ou a tradução pra português de The Alters usou chatgpt e esqueceu de apagar o prompt?
(e sim, tá ruim o texto em português do jogo, várias traduções erradas ou imprecisas, frases confusas que não soam natural etc)
— Heitor De Paola (@zitosilva.bsky.social) 27 de junho de 2025 às 13:44
A falta de divulgação do uso de IA, exigida pela Steam, é o principal ponto de crítica aqui. Embora parte do conteúdo suspeito seja secundário (como textos de fundo), jogadores de regiões afetadas por localizações mal feitas argumentam que a omissão mina a confiança do estúdio. A 11 bit studios ainda não se pronunciou oficialmente sobre as acusações.
Problema com localização de The Alters reacende o debate sobre IA nos games
Tecnologias que envolvem inteligência artificial sempre foram temas para discussões acaloradas nas redes sociais — e isso já não é mais nenhuma novidade de alguns anos para cá, visto que essas ferramentas se tornaram cada vez mais populares e acessíveis para o grande público.
Certamente, o caso de The Alters reacende mais uma vez o debate ético sobre IA nos games, dividindo fãs entre os que veem o uso como irrelevante para a experiência e os que exigem transparência nesse tipo de caso.
Enquanto a desenvolvedora não se manifestar, a discussão deve permanecer em pauta, especialmente em mercados com localização a problemática — como o Brasil.
Enquanto alguns veem a IA como problema, outros veem como solução
Assim como em outras indústrias criativas, a IA generativa se tornou um tema importante nos videogames, com muitos expressando preocupações sobre o potencial de levar à perda de empregos e ao plágio generalizado.
O diretor de Kingdom Come: Deliverance 2, Daniel Vávra, disse recentemente que espera que a IA ajude a acelerar o processo de criação de jogos, porque ele tem “mais ideias do que tempo”.
Já o CEO da Take-Two Interactive, Strauss Zelnick, também compartilha de uma visão parecida. O executivo afirmou que não só acredita que a IA não levará à perda de empregos, como também acredita que poderá levar ao aumento de empregos.
Enquanto isso, Josef Fares, diretor de It Takes Two e Split Fiction, acredita que os desenvolvedores devem trabalhar junto com a IA. Para ele, o futuro da tecnologia nos jogos é “assustador e muito emocionante” ao mesmo tempo.
Segundo Nvidia, a IA não vai tomar seu emprego — mas sim quem sabe usá-la
Durante a Gamescom Latam, que ocorreu no início de maio em São Paulo, capital, tivemos a oportunidade de conversar com a Nvidia sobre diversos assuntos — e tecnologias de IA, certamente, era uma das pautas na mesa.
Segundo Alexandre Ziebert, gerente de marketing de tecnologia da Nvidia no Brasil, a IA não vai tomar seu trabalho, “quem vai tomar é alguém que sabe usar a IA”. Você pode conferir a entrevista na íntegra no link abaixo!
E aí, qual sua opinião sobre as IAs na indústria de games? Você, por exemplo, se incomoda com o caso de The Alters? Conte para a gente nas redes sociais do Voxel!
Fonte: TecMundo
