Death Stranding 2 finalmente estreou, chegando ao PlayStation 5 nesta quinta-feira (26). Com isso, a profissão que inspirou a temática do jogo de Hideo Kojima voltou a viralizar nas redes sociais — e um novo grupo de pessoas está aprendendo sobre o fascinante trabalho japonês chamado Bokka.
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Além de abordar a temática de “conexão”, Death Stranding também retrata a trajetória de Sam Porter Bridges, um entregador em um mundo pós-apocalíptico que percorre longas distâncias a pé com cargas extremamente pesadas.
Apesar do cenário fictício, a profissão representada no jogo tem paralelos reais, especialmente no Japão — onde carregadores chamados Bokka transportam mantimentos para locais de difícil acesso.
Essencialmente, os Bokka, ou carregadores de carga, são versões da vida real de Sam em Death Stranding — já que também carregam cargas enormes nas costas para atravessar passagens de montanhas e vales estreitos inacessíveis a veículos.
Com a chegada de Death Stranding 2, o trabalho dos Bokka voltou a viralizar novamente nas redes sociais — e você conhecerá um pouco mais sobre o ofício a seguir!
Diferente de Death Stranding, os Bokka não possuem exoesqueletos para fazer suas entregas
No game, Sam precisa equilibrar peso, proteger os pacotes e superar terrenos hostis, como montanhas e nevascas — tudo isso enquanto tem a missão de unificar diferentes partes dos Estados Unidos.
O jogador precisa gerenciar a integridade das entregas e o limite físico do personagem — algo que, certamente, é muito parecido com a experiência dos Bokka, que também enfrentam desafios físicos semelhantes, embora sem as ameaças sobrenaturais e nenhum apetrecho futurista para auxiliá-los.

Conforme abordado no documentário Speed of Happiness, profissionais do ramo como Masato Hagiwara, de 25 anos, carregam até 90 kg de suprimentos em percursos montanhosos pelo Japão.
Mesmo pesando apenas 62 kg, Hagiwara transporta pilhas de caixas com alimentos e bebidas que superam os dois metros de altura para atender comunidades isoladas do mundo.
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De acordo com o Asahi News, é importante que um Bokka como Hagiwara não exagere. Carregar a carga exige intensa concentração e força física, mas é necessário fazer muitas pausas, principalmente antes que os ombros comecem a ficar dormentes.
A principal diferença entre Masato e Sam é o contexto. Enquanto Sam lida com criaturas e fenômenos fictícios, os Bokka precisam apenas vencer o cansaço e o peso da realidade. No entanto, a importância do serviço é semelhante: ambos garantem o abastecimento de regiões que dependem deles para sobreviver.

Kojima já revelou que buscou inspiração em elementos do mundo real para criar Death Stranding. Museus, mitologia e profissões pouco conhecidas influenciaram o desenvolvimento do jogo — e a representação dos Bokka mostra como o game, apesar da sua ambientação pós-apocalíptica, está profundamente enraizado em realidades humanas.
Speed of Happiness: o peso literal da solidariedade nas costas dos Bokka
Quer conhecer mais de perto a profissão dos Bokka? Então o Voxel tem uma boa indicação para você: Speed of Happines, um filme documental sensível e necessário dirigido com olhar intimista que não apenas revela os desafios físicos do ofício, mas também destaca seu valor social e humano.
O documentário acompanha a rotina do jovem Hagiwara, exaltado acima por desafiar as leis do próprio corpo para levar caixas de alimentos e bebidas que chegam a pesar mais de 90 quilos.
Em um país conhecido pela sua eficiência logística, é realmente curioso (e tocante) ver que, em algumas regiões montanhosas, a entrega ainda depende da força humana e da perseverança. Esses profissionais percorrem trilhas íngremes, muitas vezes por horas, equilibrando pilhas que ultrapassam dois metros de altura.

Speed of Happiness é, em sua essência, uma carta de amor aos trabalhadores invisíveis. Aqueles que, longe dos holofotes, sustentam com suor e dignidade os laços de uma sociedade. Um lembrete de que, às vezes, a verdadeira velocidade da felicidade é medida não em megabytes ou motores, mas em passos lentos, firmes — e cheios de propósito.
Além de Sam, Death Stranding 2 também terá outros Bokka
Alguns fãs ficaram realmente chocados ao saber que a premissa de Death Stranding foi, na verdade, inspirada nos Bokka. E se você achava que fazer trilhas sem tropeçar e derrubar todos os seus apetrechos era difícil no jogo — bem, isso aqui é a vida real.
Recentemente, em seu programa de rádio, Kojima confirmou que o trabalho que inspirou a profissão do jogo será mais abordado em Death Stranding 2: On the Beach — começando com um bônus especial de pré-venda chamado “Bokka Skeleton”, parecido com uma grade dourada presa na lateral das pernas de Sam.

Claro, o primeiro Death Stranding já tinha um Bokka no jogo: você mesmo. Desta vez, porém, parece que haverá outros carregadores comuns, mas que não estão envolvidos nas mesmas aventuras sobrenaturais que Sam.
Sabia que Death Stranding era inspirado nos Bokka? Conhecia a nobre profissão japonesa? Conte para a gente nas redes sociais do Voxel!
Fonte: TecMundo