Em pleno 2025 ainda vamos falar sobre um assunto tão questionado que já virou batido, surrado e ultrapassado, a antiga polêmica que compara quem dirige melhor: o homem ou a mulher.
Ainda é um tema presente, embora a percepção e a base para essa comparação estejam mudando. Mas, infelizmente, ao pesquisar sobre o tema, ficou claro que ainda existe essa discussão. Então vamos aproveitar para tentar diminuir os mitos e divulgar os dados oficiais e os fatores que influenciam a resposta.
Ainda que a comparação persista, os fundamentos para sustentá-la estão se transformando. Historicamente, muitos estereótipos sobre mulheres ao volante eram propagados, muitas vezes de forma pejorativa. No entanto, o que as estatísticas e pesquisas atuais indicam é que a realidade é bem diferente e isso que você ficará sabendo a seguir.
Estudos e estatísticas recentes mostram que as mulheres tendem a ser mais cautelosas e responsáveis no trânsito, pois apresentam comportamentos que reduzem riscos de acidentes. Enquanto isso, os homens costumam ser associados a uma direção mais agressiva e a um maior número de infrações.
5 motivos por que mulheres dirigem melhor que homens
Abaixo, listamos 5 motivos que comprovam por que as mulheres dirigem melhor que os homens, com base em pesquisas e dados oficiais. Ainda bem que podemos notar alguma evolução, com menos mitos e mais dados.
Mulheres cometem menos infrações de trânsito
Estatísticas mostram que os homens são responsáveis pela maioria das multas e violações no trânsito. De acordo com um levantamento do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), cerca de 75% das infrações graves, como excesso de velocidade e ultrapassagens perigosas, são cometidas por condutores do sexo masculino.
Além disso, um estudo da Seguradora Lívia analisou mais de 2 milhões de sinistros e constatou que as mulheres se envolvem em 20% menos acidentes que os homens. Isso ocorre porque elas tendem a respeitar mais os limites de velocidade e as regras de trânsito.
Postura mais colaborativa e cautelosa
Pesquisas indicam que as mulheres adotam uma postura mais defensiva ao volante. Um estudo publicado no Journal of Injury Prevention revelou que motoristas do sexo feminino são menos propensas a assumir riscos, como dirigir muito próximo a outros veículos ou fazer conversões perigosas.
Além disso, uma análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostrou que homens são mais envolvidos em acidentes fatais, muitas vezes devido a comportamentos impulsivos. Já as mulheres tendem a priorizar a segurança, o que contribui para um trânsito mais harmonioso.
Menor envolvimento com álcool e direção
Dirigir sob efeito de álcool é uma das principais causas de acidentes graves, e os homens lideram esse tipo de infração. Dados da Polícia Rodoviária Federal apontam que 85% dos motoristas flagrados embriagados em blitz são homens.
Já as mulheres, segundo uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), consomem menos álcool em situações que envolvem direção. Essa tendência a evitar misturar bebidas alcoólicas com direção reduz significativamente os riscos de colisões e mortes no trânsito.
Mais paciência e controle emocional
O trânsito pode ser estressante, mas as mulheres demonstram maior capacidade de manter a calma em situações adversas. Um estudo da Universidade de Michigan comparou o comportamento de homens e mulheres no trânsito e concluiu que os homens são mais propensos a reações agressivas, como xingar outros motoristas ou fechar cruzamentos por impulso.
Já as mulheres, segundo a pesquisa, tendem a lidar melhor com congestionamentos e imprevistos, evitando conflitos desnecessários. Essa paciência resulta em uma direção mais segura e menos propensa a acidentes causados por raiva no trânsito.
São mais humildes para pedir ajuda
Muitos homens relutam em admitir que não sabem algo ou que precisam de auxílio na direção, enquanto as mulheres costumam ser mais abertas a pedir informações ou ajuda quando necessário. Essa característica reduz situações de risco, como parar em locais perigosos ou tomar decisões erradas por orgulho.
Além disso, um relatório da AAA Foundation for Traffic Safety mostrou que mulheres são mais propensas a usar navegação por GPS e seguir orientações de rotas seguras, enquanto homens frequentemente confiam demais em sua memória, aumentando as chances de erros.
Embora existam excelentes motoristas em ambos os gêneros, as estatísticas e pesquisas mostram que as mulheres adotam uma postura mais segura e responsável no trânsito. Desde o respeito às leis até a paciência e a prevenção de situações de risco, elas demonstram que a cautela é um fator crucial para reduzir acidentes.
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Portanto, na próxima vez que alguém questionar quem dirige melhor, os números falam por si: as mulheres estão à frente quando o assunto é segurança no volante.
Outro dado interessante é que o número de mulheres habilitadas e dirigindo tem crescido significativamente nos últimos anos, inclusive em categorias que antes eram predominantemente masculinas, como as de motocicletas.
Então, por que a comparação ainda persiste?
Apesar dos dados mostrarem uma maior prudência feminina no trânsito, a comparação e os estereótipos persistem devido a fatores culturais e sociais:
- O preconceito enraizado traz a ideia de que “mulher não sabe dirigir” e foi alimentado por um histórico em que a direção era majoritariamente masculina e associada à masculinidade e ao controle.
- Os aspectos de socialização colaboraram porque desde a infância, meninos são mais incentivados a brincar com carros e ter contato com o universo automotivo, enquanto as meninas nem sempre têm o mesmo estímulo. Isso pode gerar uma percepção de que a direção é algo “natural” para os homens.
- Estudos indicam que homens são mais propensos a comportamentos de risco e competitividade, o que pode se refletir no trânsito, levando a mais infrações e acidentes.
Mas, sinceramente, a preocupação em comparar quem dirige “melhor” com base no gênero não é mais pertinente e, na verdade, reforça estereótipos prejudiciais. O foco deveria ser na segurança no trânsito e na responsabilidade individual de cada motorista, independentemente do gênero.
Os dados mostram que a diferença não está na “habilidade biológica” de dirigir, mas sim em comportamentos e atitudes que são moldados por fatores sociais e culturais. Ao invés de comparar gêneros, é mais produtivo promover a educação no trânsito e o respeito às leis para todos.
Ainda que a “discussão” persista em conversas informais ou piadas, é importante reconhecer que, do ponto de vista de segurança e estatísticas, a superioridade de um gênero sobre o outro na direção é um mito.
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Fonte: Olhar Digital