Os adwares lideraram a lista de ameaças cibernéticas direcionadas aos usuários de dispositivos móveis no segundo trimestre de 2025, de acordo com levantamento feito pelo Dr. Web Security Space, divulgado na última semana. Eles miram principalmente o Android.
A empresa também destaca que os cibercriminosos estão investindo em novas maneiras de espalhar os programas maliciosos, aumentando os riscos. Isso inclui distribuí-los por meio das lojas oficiais de aplicativos, disfarçados em programas supostamente legítimos, ampliando o alcance de suas ações.
Quais são as maiores ameaças para os dispositivos móveis?
Mesmo com uma queda na quantidade de detecções ao longo dos últimos três meses, os adwares continuam dominando as ações, aparecendo como a maior ameaça à segurança nos smartphones, conforme o relatório. Bastante intrusivos, eles representam uma boa fonte de dinheiro para os cibercriminosos.
- Adwares são programas que exibem anúncios indesejados por meio de banners, pop-ups ou redirecionando usuários para sites, gerando receita para os autores;
- Além deles, o Dr. Web destaca a grande quantidade de trojans bancários, cuja presença aumentou em 70% na comparação com o primeiro trimestre de 2025;
- Essa disseminação em massa mostra o apetite dos cibercriminosos pelos dados financeiros, como destaca o levantamento, com esses programas maliciosos focando em números de cartões e outras informações bancárias;
- Malwares disfarçados em apps falsos são outro motivo de atenção, inseridos em utilitários, ferramentas para auxiliar nas finanças e jogos supostamente legítimos;
- Em vez das funções prometidas, eles direcionam os usuários para sites de phishing ou de jogos de azar.
O relatório aponta, ainda, o roubo de criptomoedas em larga escala em uma campanha detectada durante o mês de abril. A operação se deu por meio de um trojan oculto em uma versão modificada do WhatsApp, que chegou a vir pré-instalada em celulares Android de baixo custo.
Agindo secretamente no smartphone, esse programa malicioso troca os endereços legítimos de carteiras de criptomoedas por links fraudulentos controlados pelos autores. O objetivo é descobrir as credenciais de acesso dos usuários, realizando capturas de tela enquanto os dados são digitados.
Espionagem de militares russos e ameaças na Play Store
Um programa desenvolvido para espionar militares da Rússia foi outro destaque do período. Segundo a empresa, o spyware estava sendo distribuído em uma versão falsa do software de mapeamento Alpine Quest, por meio de um canal do Telegram, tendo a capacidade de coletar a localização, mensagens e contatos salvos pelos alvos.
O estudo também identificou um número maior de ameaças na Google Play Store durante o segundo trimestre deste ano. Isso aconteceu mesmo com a loja oficial do Android reforçando seus mecanismos de proteção e adotando um controle mais rígido para permitir a postagem de apps e jogos na plataforma.
Entre as descobertas, estão adwares disfarçados em apps de notícias focados no universo das criptomoedas e outros com temática financeira. Eles não oferecem nenhum tipo de serviço, na realidade, tendo apenas a função de redirecionar o usuário para sites fraudulentos.
Dessa forma, é importante ter cuidado redobrado ao baixar apps até em fontes oficiais, por mais que eles se apareçam inofensivos, além de usar ferramentas de segurança atualizadas no dispositivo. O alerta também vale para os usuários do iOS em relação aos downloads na App Store.
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Fonte: TecMundo
