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539 drones: como foi o maior ataque aéreo russo ao território ucraniano desde o começo da guerra

A Rússia realizou o maior ataque de drones contra a Ucrânia desde o início da guerra, em 2022, utilizando um total de 539 aeronaves não tripuladas, de acordo com informações divulgadas pelas autoridades ucranianas. A ofensiva, que começou na noite de quinta-feira (03), se concentrou na região de Kiev.

Durante a campanha que durou cerca de 13 horas, apontada como uma das mais violentas realizadas por Moscou até o momento, também foram lançados 11 mísseis de cruzeiro e balísticos. Os serviços de emergência locais informaram que houve uma morte, além de pelo menos 23 pessoas feridas.

Kyiv at this hour as Russians unleash what must be the largest attack of the war, targeting the city’s civilian population with drones and ballistic missiles.

Meanwhile, the US forbids Ukraine from striking Russia’s oil infrustructure, the one thing that can stop the war. pic.twitter.com/SLpXWGv9XR

— Kyiv Insider (@KyivInsider) July 4, 2025

Quais drones foram usados pela Rússia no ataque?

O ataque maciço ordenado por Vladimir Putin envolveu o uso de centenas de drones kamikazes, conforme relatos das autoridades ucranianas. Também conhecidos como drones suicidas, eles são projetados para voar até alvos específicos, carregando explosivos detonados no impacto.

  • As forças militares russas usam, entre outros, modelos como o drone Shahed, que tem 2,5 m de envergadura, velocidade de 185 km/h, alcance de até 2.500 km e transportam ogivas pesando de 30 a 50 kg;
  • Do total de 539 aeronaves, os sistemas de defesa da Ucrânia teriam abatido 268, derrubando, também, dois mísseis;
  • Alguns deles atingiram prédios e carros na capital ucraniana, além de terem danificado a infraestrutura ferroviária;
  • Estima-se que seis dos 10 distritos de Kiev foram impactados, com parte dos destroços dos drones atingindo, ainda, uma instalação médica;
  • Pelo menos cinco ambulâncias que atendiam a chamados também foram danificadas, assim como o consulado da Polônia.

Para se protegerem dos ataques aéreos, milhares de moradores da capital buscaram abrigo em estações de metrô e estacionamentos subterrâneos. “Noite absolutamente horrível e sem dormir em Kiev. Uma das piores até agora”, desabafou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybhia, como relatou a CNN.

Vale lembrar que a Rússia já havia realizado uma ofensiva semelhante no último domingo (29), lançado 477 drones e 60 mísseis contra o país. Na ocasião, as tecnologias de defesa locais destruíram 249 aeronaves, enquanto as outras 266 se perderam, possivelmente sofrendo bloqueios com armas eletrônicas.

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Os drones Shahed teriam sido usados pela Rússia no ataque maciço a Kiev. (Imagem: Getty Images)

Trump e Putin conversaram antes do ataque

O ataque recorde de drones da Rússia contra a Ucrânia aconteceu pouco depois de uma conversa entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin. Falando posteriormente sobre a ligação, o republicano disse estar “muito desapontado” com o chefe do Kremlin.

Segundo o mandatário americano, Putin não está pronto para encerrar o conflito, tendo se recusado a um cessar-fogo imediato, ao contrário do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que teria concordado com a proposta. Recentemente, a Casa Branca ameaçou impor novas sanções à Rússia se as negociações não avançarem.

Trump também parece disposto a retirar o apoio dos EUA à Ucrânia. Como relata a imprensa americana, ele interrompeu entregas de armas importantes, como os mísseis interceptadores Patriot, alegando revisão do estoque, medida que deixou Zelensky e outros líderes europeus em alerta.

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Fonte: TecMundo

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