Quando o barão Pierre de Coubertin revitalizou o conceito de jogos olímpicos para a era moderna, no final do século 19, ele fez questão de restringir a participação de mulheres na competição. Além de reproduzir essa tradição dos jogos da Grécia Antiga, o pedagogo e historiador francês dizia que a olimpíada era uma celebração da “proeza masculina” e a participação feminina seria “impraticável, desinteressante, inestética e incorreta”.
A entrada de 22 mulheres nos Jogos de Paris, em 1900, marcou o início da separação por categorias de sexo, com o objetivo de garantir uma competição considerada justa. Nos anos 1960, o comitê olímpico introduziu verificações de sexo, consolidando uma estrutura binária de competição que, sob pretexto de garantir justiça para as mulheres, estabeleceu critérios segregadores para pessoas com diferenças no desenvolvimento sexual (DDS).
Fonte: TecMundo