Relâmpagos e trovões são fenômenos atmosféricos que fascinam a humanidade desde os tempos antigos. Além do espetáculo visual e sonoro, eles estão ligados a importantes processos naturais e científicos.
Neste artigo, você vai descobrir a diferença entre os dois e conhecer 10 curiosidades incríveis sobre relâmpagos e trovões.

Curiosidades sobre relâmpagos e trovões
Qual a diferença entre relâmpago e trovão?
Apesar de sempre estarem associados, relâmpagos e trovões não são a mesma coisa. O relâmpago (ou raio) é a descarga elétrica visível que ocorre entre nuvens ou entre uma nuvem e o solo. Já o trovão é o som resultante do rápido aquecimento e expansão do ar ao redor desse raio.

Ou seja, primeiro acontece o relâmpago, que aquece o ar em torno de si a temperaturas superiores a 30 mil graus Celsius. Essa expansão súbita gera uma onda de choque que se propaga pelo ar, formando o trovão. Como a luz viaja mais rápido que o som, vemos o relâmpago antes de ouvir o trovão, mesmo que ambos aconteçam ao mesmo tempo.
5 curiosidades sobre relâmpagos
O Brasil é o país dos raios
Você sabia que o Brasil lidera o ranking mundial de incidência de relâmpagos? O país registra mais de 70 milhões de raios por ano, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A combinação de clima tropical, grande extensão territorial e elevada umidade contribui para esse fenômeno.

A energia de um relâmpago
Um único raio pode liberar até 1 bilhão de joules de energia: o suficiente para manter uma lâmpada de 100 watts acesa por cerca de 3 meses. Essa imensa quantidade de energia, porém, ocorre em um curtíssimo intervalo de tempo, o que a torna extremamente perigosa.
Os raios podem ter ajudado a criar a vida
Pesquisas científicas indicam que os relâmpagos podem ter sido fundamentais na origem da vida na Terra. As descargas elétricas atmosféricas podem ter contribuído para a formação de aminoácidos, compostos essenciais para o surgimento de organismos vivos, como sugerido no famoso experimento de Miller-Urey, em 1953.

Existem raios de diferentes tipos
Nem todos os raios são iguais. Eles podem ocorrer em diferentes formas, como os raios nuvem-nuvem, os raios nuvem-solo e até mesmo os chamados relâmpagos esféricos, uma manifestação rara em que a descarga elétrica aparece em forma de esfera flutuante. Outro tipo curioso são os raios bipolares, que mudam de direção durante o trajeto.
Principais “alvos”

Árvores são alvos comuns de relâmpagos porque, além de serem altas, sua seiva é um excelente condutor elétrico. Quando um raio atinge uma árvore, a seiva pode ferver e explodir, destruindo parte da estrutura da planta. Por isso, durante tempestades, é perigoso buscar abrigo debaixo de árvores.
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Trovão é ar em expansão
O trovão ocorre quando o ar ao redor do raio se aquece de forma súbita e atinge temperaturas altíssimas, gerando uma expansão brusca. Isso cria uma onda de pressão que se propaga como som. É esse som que ouvimos como trovão, uma espécie de “eco” da força do raio.

Eles podem durar até 20 segundos
Apesar de o raio durar apenas frações de segundo, o trovão pode ser ouvido por 5 a 20 segundos, dependendo da distância e das condições atmosféricas. Isso acontece porque o som se reflete nas nuvens e no solo, prolongando sua duração.
Dá para calcular a distância de um raio
Você pode estimar o quão longe está um raio contando os segundos entre o relâmpago e o trovão. A cada segundo, o som percorre cerca de 343 metros. Por exemplo, se você contar 3 segundos, o raio caiu a aproximadamente 1 km de distância.

Trovões podem ser ouvidos a longas distâncias
Em dias calmos, o trovão pode ser ouvido a até 15 quilômetros de distância. Isso depende da intensidade da tempestade, da topografia e da umidade do ar.
O som do trovão varia
O som do trovão pode se parecer com um estrondo seco, como uma explosão, ou com um rugido contínuo, semelhante a um tambor. Isso varia conforme a distância do ouvinte e a forma como o som se propaga na atmosfera.
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Fonte: Olhar Digital